Banco do Brasil

30 de Julho de 2021 às 10:02

Assim como o BB, Cassi e Previ correm riscos e é preciso agir

Mesmo apresentado resultados satisfatórios, entidades dos funcionários do BB estão sob o risco de desmonte

Estão sendo realizados em todo o país encontros estaduais e regionais do funcionalismo, em preparação ao 32º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB), marcado para o dia 8 de agosto com o tema “Construindo juntos o futuro do Banco do Brasil”.

Tanto a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) quanto a Caixa de Assistência dos Funcionários do BB (Cassi) estão sob rico, com propostas de mudança na legislação e na regulamentação, como é o caso da Previ, e de desmonte partindo da própria administração, no caso da Cassi.

Durante os encontros, os diretores que representam os funcionários do BB, na Previ, apresentaram os dados positivos da entidade, desde o início de 2020, mostrando que, mesmo diante da crise provocada nos mercados financeiros pela Covid, a Previ alcançou bom desempenho.

 “Isso deve-se à boa gestão dos investimentos e à estrutura de governança da Previ, liderada pelos associados e pautada no fortalecimento das linhas de defesa e segregação de funções, entre as diretorias. Esse formato, protege a entidade de ingerência política ou interesses de agentes de mercado”, explica Márcio de Souza, diretor de Administração.

O coordenador da Comissão de Empresa do Funcionalismo, João Luiz Fukunaga, reforça o alerta sobre as ameaças que pairam sobre o futuro não só do Banco do Brasil, quanto da Cassi e da Previ.

“Estamos passando por um momento de ataques na atenção à nossa saúde e à previdência complementar das trabalhadoras e trabalhadores, questões que dizem respeito diretamente à nossa qualidade de vida e das nossas famílias”, diz.

“A Cassi passa pela precarização constante do Plano de Associados com corte de credenciados e aumento abusivo da coparticipação. Uma inversão total de prioridades, porque a gestão da Cassi se orgulha de enaltecer superávit. Superávit formado sobre corte de benefícios e de atendimento. Além de ausência de transparência sobre os resultados efetivos da atenção à saúde primária, que de fato tem sido precarizada”, critica Fukunaga.

Ele acrescenta: “O plano Cassi Essencial faz parte de uma estratégia para esvaziar os planos já existentes (Cassi Família I e II) e a redução da corresponsabilidade do banco com a manutenção da Cassi e do Plano de Associados. É uma política de governo, visando liberar as empresas públicas do compromisso com a saúde dos aposentados e pensionistas no momento que as pessoas mais precisam. O objetivo final é a precarização total para facilitar a privatização”.

Mercado financeiro de olho no R$ 1,2 trilhão dos fundos fechados

Também a Previ, segundo o coordenador da Comissão de Empresa, está ameaçada com as propostas de mudança na legislação e na regulamentação dos planos que tramitam no Congresso Nacional e no CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar).

“A previdência complementar tem sofrido ameaças e muitos riscos pela postura do governo em abrir o mercado para as entidades abertas de previdência complementar. Na previdência complementar fechada, a previdência dos trabalhadores, os ativos de quase R$ 1,2 trilhão são cobiçados pelo mercado que as entidades abertas, comandadas por bancos e seguradoras, querem abocanhar com a conivência, ajuda e atuação firme do Ministério da Economia”, denuncia Fukunaga.

Esse tema foi tratado em profundidade na live dos Associados Previ de 22 de junho último, que contou com a participação do ex-diretor eleito de Seguridade da Previ Marcel Barros, hoje vice-presidente da Anapar (Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão), Marcel Barros, e representante dos associados no CNPC. Confira aqui (https://associadosprevi.com.br/mercado-cobica-patrimonio-de-r-12-tri-dos-fundos-de-pensao-e-associados-precisam-estar-alertas-adverte-marcel/

Em razão da gravidade da situação, Fukunaga defende que esses temas sejam discutidos não apenas nos encontros estaduais e no 32º Congresso do Funcionalismo, mas também em um encontro nacional de saúde e previdência a ser realizado ainda neste segundo semestre.

Fonte: Contraf-CUT



Diretoria

Carlos Alberto Longo
Presidente
Christian Luiz Pereira
Diretor Regional
Alcindo Machado Franco
Titular
Francisco Martins de Souza
Titular
Marcos Pereira Araújo
Titular
Roselene Silva O. Silvério
Suplente
Priscila Forni Donzelli Bonadio Lopes
Suplente

Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

Rua Olinda Pires de Almeida, 2450 Telefone 0xx67 - 3422 4884