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19 de Abril de 2018 às 10:38

1º de Maio unificará centrais sindicais em Curitiba

Pela primeira vez desde a redemocratização do Brasil, a CUT e demais centrais sindicais – CSB, CTB, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT – farão um 1º de Maio (Dia Internacional do Trabalhador) unificado em Curitiba, no Paraná, pedindo a liberdade do ex-presidente Lula e pelo direito de a população poder votar nele na eleição para a Presidência da República, em outubro deste ano. Lula lidera todas as pesquisas de intenção de votos, foi condenado sem provas e detido, em tempo recorde, antes de esgotados os recursos de sua defesa, condição que evidencia o caráter político de sua prisão, na sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR).

Quando Lula foi presidente da República as categorias que representamos tiveram aumento real de salário. Nossos empregos não foram sucateados e nossas empresas públicas não foram vendidas a preço de banana. Se estamos aqui anunciando essa agenda unificada, é porque a vida do trabalhador e da trabalhadora era muito melhor com Lula, disse o presidente da CUT, o bancário Vagner Freitas.

Vagner lembrou ainda que Lula, quando presidente da República, foi quem recebeu as centrais sindicais para ouvir as demandas dos trabalhadores e, com isso, colocar em prática a política de valorização do salário mínimo, que resgatou milhões de pessoas da pobreza e ajudou a aumentar o poder de compra da população mais pobre, entre outras políticas construídas pela melhorar a qualidade do vida dos trabalhadores.

Golpe na Constituição

O presidente da Intersindical, o também bancário Edson Carneiro Índio destaca que o 1º de Maio conjunto será em defesa dos direitos dos trabalhadores, da democracia e da liberdade de Lula. “Vamos sinalizar para o grande capital e para a elite política do Brasil que a esquerda e o campo popular vencerão as eleições de 2018 para restabelecer a democracia e garantir a soberania do voto popular”, ressaltou.

Já o secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Canindé Pegado, condenou a prisão política do ex-presidente Lula, alegando que foi uma decisão arbitrária e que a legislação foi alterada para poder prendê-lo.

“Tirar os direitos de Lula se defender e se candidatar é um golpe. Se querem fazer alterações na Constituição Federal, que se faça a reforma do Judiciário inteiro. O que defendemos é cidadania e direitos iguais a todos os cidadãos. Nossa expectativa é sair daqui com Lula nos braços”.

O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, criticou o governo imoral e ilegítimo de Temer, que impõe uma agenda de retrocessos com o fim de direitos consagrados e reforçou que a “prisão de Lula é o aprisionamento de um povo que um dia sonhou em ter uma condição mais digna de vida”.

“Por isso é justo levar solidariedade e seguir na resistência. O 1º de Maio vai acontecer em todo o Brasil, mas ganhará maior importância em Curitiba”, completou.

João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, leu o manifesto que as seis centrais fizeram em conjunto. Ele destacou em sua fala que Lula foi o único presidente da República capaz de unir os trabalhadores, levar políticas de inclusão e distribuição de renda, além de garantir o desenvolvimento e a soberania nacional.

“Essa decisão foi histórica porque até agora nunca tínhamos realizado um 1º de Maio unificado. Mostramos que entre nós aumentou a tolerância e a compreensão do que nos une e do que é necessário fazer na sociedade brasileira. Junto com Lula, a Força Sindical marchou unificada nas conquistas. Ao vir aqui na coletiva e no acampamento, a Força tem certeza que só fará grandes mudanças em conjunto”.

* Com informações do spbancarios



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