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16 de Junho de 2017 às 10:26

Audiência Pública sai em defesa dos bancos públicos no MS

O Sindicato dos Bancários de Dourados e Região (MS) e o Sindicato dos Bancários de Campo Grande promovem no próximo dia 20 de junho na Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul uma audiência pública com o tema “Em defesa dos Bancos Públicos”, ampliando a campanha nacional que nesta terça-feira 13 teve um marco importante com o lançamento, no Senado Federal, da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos.

O evento conta com o apoio do bancário e deputado estadual João Grandão (PT-MS), que é diretor do Sindicato dos Bancários de Dourados.

A audiência pública está marcada para as 17h30 e tem como objetivo chamar a atenção dos trabalhadores no ramo financeiro, bem como da população e a classe política, sobre os ataques que a Caixa Econômica e o Banco do Brasil vêm sofrendo do atual governo visando o desmonte dessas instituições.

“É preciso uma reação urgente antes que seja tarde, porque os ataques são constantes e quem vem sofrendo com isso são os funcionários, com a sobrecarga de trabalho, e a população, que fica refém de um atendimento desumano”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados, Ronaldo Ferreira Ramos.

Edvaldo Barros, do Sindicato de Campo Grande,  alerta que os bancos públicos são fundamentais para o desenvolvimento do Estado e do país e esse desmonte levará à privatização.

O Banco do Brasil é o que mais libera recursos para o financiamento da agricultura familiar, responsável por 70% da produção alimentar do Brasil. Já a Caixa Econômica é líder de financiamento da casa própria, com as melhores condições, prazos e taxas de juros. Desde 2009, com o Programa Minha Casa Minha Vida, foram entregues 2,6 milhões de moradias para as camadas de renda mais baixas.

A audiência pública terá a participação de entidades representativas dos trabalhadores do setor financeiro, instituições ligadas ao agronegócio, movimentos sociais, sindicatos, associações e federações que têm trabalhadores envolvidos ou que serão prejudicados com a privatização.

Impactos do desmonte

Em 2015, 2,2 milhões de estudantes cursaram o ensino superior em instituições privadas por meio do Fies, que tem como agentes financeiros a Caixa e o Banco do Brasil. Isso significa que sem os bancos públicos, menos estudantes vão ter essa oportunidade.

Hoje as taxas juros da agricultura familiar financiada por esses bancos variam de 2,5% a 5,5% ao ano. Sem os bancos públicos, esse percentual sobe para 70%, ou seja, a comida vai chegar mais cara à mesa do brasileiro.

Sem programas como “Minha Casa Minha Vida”, o financiamento da casa própria também será mais caro. A privatização dos bancos públicos pode aumentar a desigualdade entre as regiões do país, reduzir os investimentos em infraestrutura e setores produtivos como a indústria e a construção civil.

“É de suma importância a participação social nessa campanha”, diz o deputado estadual João Grandão, que confirmou a participação de outros parlamentares, bem como a presença do presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec -CUT/CN), Cleiton dos Santos, bem como do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) , Roberto von der Osten, bem como de outras lideranças sindicais e de entidades representativas.

 

 



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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