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21 de Setembro de 2016 às 16:38

Bancários e clientes querem fim da greve, Fenaban não

A greve dos bancários em 2016 chega ao 17º dia nesta quinta-feira e já é a maior greve de todos os tempos com mais de 13 mil agencias fechadas em todo o país.

Clientes já começam a sentir os reflexos negativos da greve e os bancários querem o fim da greve, porem para que isso ocorra é preciso que a Fenaban(Federação Nacional dos Bancos) volte a dialogar e negociar com os bancários.

É importante ressaltar que a intransigência continua apenas do lado dos patrões, os bancários permanecem com os comitês de esclarecimento sobre a greve, cumprindo todos os trâmites previstos em lei. Desde o início do movimento, os bancos negligenciam nas negociações com propostas rebaixadas e muito silêncio. A última sugestão de 7% de reajuste e R$ 3,3 mil de abono ocorreu em 9 de setembro, e, de lá para cá, nenhuma notícia. Mal sabem os banqueiros que, a cada não dado na mesa, os bancários fortalecem a luta e o apoio da população. É hora de os bancos saírem da inércia e aceitarem as reivindicações da categoria, que buscam 14,62% de reajuste (inflação de 9,62% mais 5% de aumento real), contratações e segurança nas agências

O Comando Nacional dos Bancários divulgou uma carta aberta à população para esclarecer o motivo principal da greve: os banqueiros. A categoria luta na campanha salarial deste ano contra a desvalorização salarial, metas, assédio moral, péssimas condições de trabalho e o número crescente de demissões. O Comando afirma que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) insiste em manter uma conduta inflexível. A última proposta, de 7% de reajuste salarial, impõe perda de 2,39% aos trabalhadores, além de desprezar outros temas relacionados ao ambiente de trabalho hostil. O documento deixa claro que a ganância dos grandes empresários não afeta somente os funcionários, mas também a população. Altas taxas de juros, mau atendimento e insegurança são alguns dos problemas que os clientes enfrentam no dia a dia.

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) segue em silêncio e não apresenta proposta que pode ser melhorada uma vez que as cinco maiores empresas do setor lucraram R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre deste ano. Em contrapartida, desde o mesmo período de 2015, foram cortados 13.600 postos de trabalho e fechadas 422 agências. Apesar da redução da mão de obra, a carteira de cliente só tem crescido. E os ganhos também. As receitas com prestação de serviços e tarifas subiram 8,7%. O montante soma R$ 55 bilhões. Não há crise.

 

 



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