O Bradesco anunciou que Octavio De Lazari Junior, vice-presidente do banco e presidente da Bradesco Seguros, será o substituto de Luiz Carlos Trabuco Cappi no comando da instituição.

Trabuco cumprirá o seu atual mandato de Presidente da Diretoria Executiva até a primeira Reunião do Conselho a ser realizada após a próxima Assembleia Geral Ordinária prevista para o dia 12 de março.

Lazari vai comandar o segundo maior banco privado do País, com cerca de R$ 1,3 trilhão em ativos e uma carteira de crédito de quase R$ 493 bilhões ao final de dezembro último. Ele assume a presidência do banco passada a pior crise que o sistema financeiro brasileiro enfrentou em meio à deterioração da qualidade de ativos e em um momento que o Bradesco ainda captura sinergias de custos e, principalmente, de ganhos com o HSBC, maior aquisição na história da instituição.

Etretanto, para o movimento sindical e conforme informou o diretor do Sindicato dos Bancários de Dourados e representante da COE(Comissão de Organização dos Empregados) da Fetec-CN, Janes Estigarribia, essa mudança na presidência  no momento, não significa nenhuma perspectiva de melhora nos salários, no nível de exploração, no assédio moral ou mesmo nas condições de trabalho, cada vez mais precarizadas.

Temos uma pauta extensa com o banco que se arrasta a décadas e a instituição se nega a implementar, porém, experamos que com uma nossa filosofia e a indicação de novos conselheiros, a velha mentalidade possa dar espaço para novos benefícios para o funcionalismo.

O Bradesco, segundo maior banco privado em operação no país obteve lucro líquido de mais de R$ 19 bilhões, alcançado ano passado, porém, eliminou um total de 9.985 postos de trabalho no mesmo período.

A saída de Luiz Carlos Trabuco e a posse, em março, de Octavio de Lazari Júnior, pode ser entendida como a necessidade de mais mobilização e unidade da categoria para garantir os direitos e preservar os empregos.