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19 de Agosto de 2016 às 16:09

Veja como foram as primeiras rodadas de negociação dos bancários

Negociação do dia 18 de agosto

Remuneração, igualdade de oportunidades e emprego foram os temas do primeiro dia de negociações da Campanha Nacional 2016, entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada na quinta-feira (18).

Sobre a remuneração, os bancários reivindicam reposição da inflação mais ganho real de 5%, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90. Para vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá, o valor é de R$880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional). Outras reivindicações abordadas foram vale-cultura, vale-refeição durante

Já no tema igualdade de oportunidades, o destaque ficou para o fim das discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres.

Em emprego, os representantes dos trabalhadores lembraram também que, entre 2012 e 2015, mais de 34 mil postos de trabalho foram reduzidos. Por isso, pedem o fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas. A preocupação com as agências digitais também foi abordada pelos bancários.

Negociação do dia 19 de agosto

Mais saúde, mais segurança e melhores condições de trabalho. Estes foram os temas das reivindicações apresentadas pelo na sexta-feira (19),  na segunda rodada de negociação da Campanha Nacional 2016, marcando a apresentação total da minuta da categoria aos bancos.

Bancários e bancárias convivem com um ambiente de trabalho adoecedor, desgastando a sua saúde física e mental ao longo de jornadas de trabalho extenuantes, sem pausas para descanso, com metas de produção inalcançáveis e cada vez mais crescentes, convivendo com riscos de assaltos e sequestros e tendo de dar conta de inúmeras tarefas.

Saúde e condições de trabalho

A última estatística divulgada pelo INSS, entre janeiro e março do ano passado, revelou que 4.423 bancários foram afastados do trabalho, sendo 25,3% por lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares e 26,1% por doenças como depressão, estresse e síndrome do pânico. 

Em relação à saúde e condições de trabalho, os representantes dos trabalhadores revindicam o fim das metas abusivas e do assédio moral. Há cinco anos, os bancários conquistaram instrumento de prevenção e combate ao assédio moral, previsto na cláusula 56ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Mas os dirigentes sindicais cobraram mais empenho dos bancos no combate ao problema. Foram detectadas várias falhas no trânsito das denúncias encaminhadas pelos sindicatos acordantes até o retorno a ser dado pelos bancos signatários do instrumento.

O Comando Nacional também quer mudanças no processo de retorno ao trabalho. Nas mesas temáticas de saúde, durante o ano todo, já houve o aprofundamento do debate com a Fenaban para a mudança de nome da cláusula 44ª da CCT, hoje Programa de Reabilitação Profissional, para Programa de Retorno ao Trabalho. Os bancários reafirmam a reabilitação profissional é uma tarefa exclusivamente pública, atribuída ao Ministério da Previdência Social, que tem a responsabilidade de executá-la, e que os bancos devem assegurar condições de trabalho seguras e saudáveis para reinserção do trabalhador que retorna da licença-saúde.

Em muitos casos, os bancos têm descontado de uma vez só o salário dos funcionários após afastamento por doença, além de transferirem, a análises dos atestados médicos para o gestor da agência, o que tem gerado grande revolta por parte dos funcionários.

Segurança

Por mais segurança nas agências, os bancários reivindicam permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Um dos principais pontos debatidos na mesa de negociação foi a prevenção contra assaltos e sequestros. Os bancários querem que que os bancos estendam o atendimento médico e psicológico aos familiares das vítimas de sequestros e outros delitos, assumindo os custos de remédios e as despesas de todos os tratamentos.

O Comando Nacional também destacou denúncias trazidas pelos bancários sobre constrangimentos e excessos dos gestores causados por revistas dos funcionários nas agências.   

Agenda

As próximas rodadas de negociação com a Fenaban foram marcadas para o dia 24, quarta-feira da semana que vem, e também para o dia 29 de agosto. Com o Banco do Brasil, a primeira rodada de negociação está agendada para o dia 23 (terça-feira), em Brasília. No dia 24, tem nova negociação com a Caixa, em São Paulo.

Principais reivindicações dos bancários

Reajuste salarial: 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real)

PLR: 3 salários mais R$8.317,90

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo)

Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs)



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