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22 de Julho de 2011 às 23:59

CPT denuncia Judiciário do Pará de beneficiar latifundiários no caso da morte de extrativistas

Casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo Silva, assassinados em maio passado.Em nota pública divulgada para todo o país, a CPT (Comissão Pastoral da Terra) resolveu denunciar os abusos de poder praticados pelo Judiciário no Pará para beneficiar grandes proprietários de terra. Segundo o respeitável órgão da Igreja Católica, o juiz Murilo Lemos Simão, da 4ª Vara Penal da Comarca de Marabá, tem feito de tudo para proteger os assassinos do casal de extrativistas (foto) José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo Silva, em 24 de maio passado.
Por duas vezes, inexplicavelmente, conforme acusação da CPT, o juiz Murilo Simão, de Marabá (PA), negou as prisões de José Cláudio Ribeiro (mandante) mais Lindonjonson Silva Rocha e Alberto Lopes do Nascimento, acusados pela polícia de terem assassinado o casal de extrativistas José e Maria Silva. O caso teve repercussão nacional. O Ministério Público endossa as denúncias.
Na onda do assassinato do casal de extrativistas, maio passado, no Pará, os assassinos, para despistar a polícia, matou mais dois trabalhadores rurais na mesma área e época. Uma barbaridade. Somente no período foram seis camponeses assassinados pelo latifúndio. É a impunidade que estimula o crime.
Justamente pelo fato de madeireiros, pecuaristas, plantadores de soja e grandes latifundiários terem a tradição de “comprarem” figurões de influência na mídia, Judiciário, Legislativo e Executivo, principalmente na polícia, no Norte do Brasil, em especial no Pará, é que o Ministério Público quer a federalização dos crimes cometidos no campo contra trabalhadores rurais, ambientalistas e extrativistas.



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