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9 de Agosto de 2011 às 23:59

Fenaban recebe na sexta-feira, 12/8, a minuta de reivindicações da categoria

Na sexta-feira, os representantes dos bancos privados vão receber do Comando Nacional dos Bancários a minuta de reivindicações a ser negociada durante a campanha salarial.
O documento foi definido pelos delegados na Conferência Nacional dos Bancários, realizada no final do mês passado, em São Paulo, com a presença dos representantes da base de Dourados e Região, Raul Verão e Edegar Martins. Entre as principais cláusulas, destaque para as econômicas, que pede aumento real de 5% mais reposição da inflação, e as de saúde, que exigem o fim das metas e do assédio moral, que a cada ano faz mais vítimas em todo país.
Após a entrega, o próximo passo é construir o calendário de mobilizações. A categoria sabe que os bancos têm condições plenas de atender às solicitações.
Segurança bancária, reajuste salarial de 12,8% (5% de aumento real mais a inflação), PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 4,5 mil são algumas das questões presentes na minuta.
Os bancários ainda querem piso salarial de R$ 2.297,51 – de acordo com a projeção do Dieese em junho –, jornada de trabalho de seis horas, fim das metas e do assédio moral, principal motivo para o adoecimento dos trabalhadores, entre outros.
Para garantir, mais uma vez, uma campanha salarial vitoriosa, é preciso que a categoria esteja unida e fortalecida, pronta para uma mobilização efetiva em busca de novas conquistas.
Lucro em bilhão e salário de miséria
O lucro astronômico dos bancos é imoral e inaceitável. Pelo menos para a realidade brasileira, marcada por grandes desigualdades. Um exemplo claro diz respeito à remuneração do trabalhador. O piso salarial do bancário hoje é de R$ 1.074,46, enquanto que o lucro dos três maiores bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander) foi de R$ 16,8 bilhões no primeiro semestre.
O crescimento extraordinário, média de 20% ao ano, é mais uma demonstração de que é possível oferecer PLR (Participação nos Lucros e Resultados) justa, piso maior e aumento real.
O problema é que o setor mais lucrativo da economia nacional não reconhece o esforço dos trabalhadores. Pelo contrário. A ordem é explorar e tirar tudo que puder do empregado e também da população, que paga as maiores taxas de juros do mundo.
Por tudo isso, a campanha salarial deste ano promete ser de duras negociações. Mas, o poder de mobilização da categoria é grande, servindo de exemplo para trabalhadores de todo o país. Os bancários vão à luta para garantir uma campanha vitoriosa, com um acordo compatível com o lucro dos bancos.



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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