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8 de Junho de 2011 às 23:59

Trabalhadores são atores sociais de fato e de direito, diz Vagner Freitas

Na última sexta-feira, (3), o Sindicato dos Químicos do ABC lançou o projeto "A indústria química em 2020 - um novo rumo é possível", com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da indústria brasileira, com diálogo social e trabalho decente. A ação conta com o apoio do movimento sindical, sociedade civil, governo local e empresariado. Os debates terão como foco a indústria química nas dimensões econômica, social e ambiental, visando contribuir para o alcance da chamada Meta 2020, que tem por finalidade uma gestão segura e saudável das substâncias químicas, para que todos os trabalhadores (as) tenham também uma melhor qualidade de vida na indústria. A Central Única dos Trabalhadores deve apoiar os bons projetos, como este dos químicos do ABC, que insere o trabalhador como ator no processo de discussão de temas que interessam à classe trabalhadora e ao desenvolvimento do país. Com proposta parecida com a dos companheiros do ramo químico, o Sindicato dos metalúrgicos do ABC, que na década de 90 participou da criação da câmara do setor automotivo, pretende criar, de forma tripartite, uma câmara brasileira da indústria. O fórum permanente terá como objetivo debater uma política industrial brasileira para aumentar a competitividade dos diversos setores da indústria nacional frente aos produtos importados e impulsionar a geração de mais e melhores empregos. Tendo a consciência do seu papel político e social, a CUT sempre cobrou e exigiu sua participação nas mesas de decisões e nos fóruns de discussão junto ao poder executivo, fundamentalmente em assuntos que interfiram diretamente na vida dos trabalhadores e trabalhadoras. Porém, independentemente da conjuntura política e econômica e dos atores sociais envolvidos, a Central, com sua história de luta, tem o compromisso de inserir nessas pautas a agenda da classe trabalhadora. A CUT nasceu com o objetivo de organizar a luta dos trabalhadores (as), visando melhores condições de vida e de trabalho, além de levantar como bandeira de luta o direito à independência e autonomia sindical. Com quase 28 anos de fundação, a Central, com seu poder de mobilização e atuação política, ajudou a escrever a história brasileira, latinoamericana e mundial. Lutamos pela democratização do nosso país e das relações de trabalho e ajudamos a eleger o primeiro operário presidente da República. São fatos como estes que reforçam a ideia de que o movimento sindical brasileiro e, principalmente, a CUT, com o seu protagonismo, não pode se furtar ao diálogo, pois tem a responsabilidade de representar seus mais de 22 milhões trabalhadores, seja nas campanhas salariais ou nas câmaras tripartites, onde ampliaremos as conquistas da classe trabalhadora. É importante ressaltar que nesses debates não está colocada na mesa nenhuma proposta de redução de direitos ou de perda salarial. Portanto, estamos tentando construir alternativas para problemas estruturais, de longo prazo, visando à consolidação de um projeto de desenvolvimento sustentável, com valorização do trabalho. Com a consciência de que a luta de classes no país ainda não acabou e que nunca deixaremos de lado as nossas bandeiras, a CUT e seus sindicatos caminham no sentido de ampliar a participação em todos os espaços de discussão, visando à transformação da sociedade. Assim daremos continuidade ao fortalecimento da nossa democracia, consolidando o Estado democrático de direito no Brasil, aliado a ampliação dos projetos de desenvolvimento com distribuição de renda. Vagner Freitas, secretário Nacional de Administração e Finanças da CUT e ex-presidente da Contraf-CUT Fonte: CUT



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