Sindicatos em todo o Brasil realizam dia nacional de luta contra demissões em massa no Itaú
Mais de mil bancários foram desligados em todo o país; cortes atingiram principalmente trabalhadores de áreas tecnológicas em São Paulo e escancaram a política desumana do banco
Nesta quarta-feira (17), sindicatos de bancários de todo o Brasil realizaram manifestações contra as mais de mil demissões em massa promovidas pelo Itaú-Unibanco no dia 8 de setembro. A mobilização nacional denunciou a política abusiva do banco e reforçou a defesa do emprego decente.
Em Dourados, o Sindicato dos Bancários realizou atividade em frente a Agência do Itaú que teve a abertura atrasada em uma hora. Com carro de som, faixas e cartazes os dirigentes sindicais denunciaram a política abusiva e desumana do banco durante toda a manhã.
A maior parte dos desligamentos ocorreu na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, atingindo bancárias e bancários que atuavam no Centro Tecnológico (CT), CEIC e Faria Lima, em regime híbrido ou integralmente remoto. O banco alegou que os cortes foram motivados por suposta baixa produtividade em home office, medida calculada a partir do monitoramento de cliques e outras ações nos equipamentos dos trabalhadores.
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Valeska Pincovai, coordenadora da COE Itaú, explicou que os sindicatos de bancários de todo o país estão paralisando as atividades no Itaú hoje em protesto contra as demissões de mais de 1.000 bancários por suposto desvio de conduta, conforme alegação do banco. “Não vamos admitir esta prática ditatorial, que sequer deu chance ao trabalhador de se defender. Queremos que as demissões sejam suspensas e que o Itaú vá à imprensa para se retratar publicamente por difamar os bancários. Vamos continuar na luta até que nossas reivindicações sejam atendidas."
Na segunda-feira (15), a Comissão de Organização dos Empregados (COE Itaú) se reuniu com a direção do banco para exigir a suspensão das dispensas, mas a instituição se recusou a rever as demissões, alegando questões éticas e quebra de confiança.
Para o movimento sindical, o maior banco privado da América Latina não pode seguir promovendo cortes massivos enquanto apresenta lucros bilionários trimestre após trimestre. A Contraf-CUT e os sindicatos reforçam que continuarão mobilizados até que o Itaú reverta as demissões e respeite os direitos da categoria bancária.
Fonte: Contraf-CUT, com edição do SEEB-Dourados e Região MS