Alta rotatividade no mercado de trabalho no ano passado
No ano passado, a taxa de rotatividade, que mede a movimentação contratual no mercado de trabalho no país atingiu 36%. Em 2009, dos 61,1 milhões de contratos, 41,2 milhões permaneciam ativos até o final do ano, segundo estudo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Na pesquisa foi comprovado que 42,7% dos desligamentos ocorreram até seis meses de contrato no ano passado. Desde 2000 até 2009, de 76% a 79% das demissões foram de contratos com menos de dois anos de duração. Para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o dado reforça a flexibilidade dos contratos de emprego no país e considera um equívoco pedir uma flexibilização maior da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). O levantamento mostra que quanto mais o emprego cresce, maior é a rotatividade no mercado de trabalho, e quanto mais tempo o funcionário permanece na empresa, mais estabilidade ele ganha. A multa para demiti-lo é mais cara. A rotatividade entre os setores não é uniforme, a exemplo da construção civil, que registrou mais de 90% de rotatividade em 2008, caindo um pouco no ano seguinte. Cada 10 contratos formais no setor em 2008, nove foram desligados sem justa causa por iniciativa do empregador.