O Grito dos Excluidos deste ano traz em seu lema a semente da reflexão indignada dos movimentos sociais sobre o cenário da política institucional apresentado nas últimas décadas. Neste contexto trazemos como simbolo a semente e o seu ventre que como sabemos, contém a flor, contém o fruto, contém até a árvore. Sabemos também que neste ventre está embutido o projeto popular para um outro Brasil possível, que fora construido arduamente durante anos pelos movimentos sociais e que infelizmente recebeu fortes impactos das forças sociais comprometidas com a busca de caminhos alternativos, alterando todo um processo de evolução. O Grito deste ano, vem reafirmar a capacidade, a força e responsabilidade da classe trabalhadora, dos/as excluidos/as de fazer resurgir este projeto de forma a continuarmos persistindo na construção de uma nação soberana, uma nação da resistência negra, indígena e popular. Neste cenário, o Grito levanta as seguintes questões; como lançar sementes novas sobre este terreno de perplexidade e indignação, terreno escorregadio, sim mas extremamente fecundo? Como cultivar as sementes já lançadas, no sentido de construir novos caminhos sobre as ruínas e os escombros da crise ética? Envolver a população no debate, na busca de alternativas é no momento a forma mais ideal de expressar a indignação deste povo sofrido que atua e persiste e acredita que nas suas mãos está a possibilidade de mudança. Assim o “Grito dos Excluidos” vem fazer do 07 de Setembro um momento oportuno para mostrar que, se o medo vem vencendo a esperança, o povo brasileiro continua a lançar suas sementes de transformação por todo o solo verde amarelo. Um grande ato público acontecerá no Parque Antenor Martins (Ceper do Flórida) dia 07 de Setembro a partir das 14h.