Bancários do Rio param agências do Itaú no Dia Nacional de Luta
Crédito: Seeb Rio
Protestos contra as demissões e por melhores condições de trabalho
Os bancários de todo o Brasil paralisaram nesta quarta-feira, dia 23, agências do Itaú em resposta à política de demissões do banco, que gasta milhões de reais na campanha de marketing "Vamos jogar bola". Para denunciar a dura realidade vivida pelos funcionários a Contraf-CUT, sindicatos e federações realizaram paralisações de agências do banco no Dia Nacional de Luta.
No Rio de Janeiro, sete unidades do Itaú na Avenida Rio Branco, onde fica o centro financeiro da cidade, não funcionaram.
A diretora do Sindicato dos Bancários do Rio, Maria Aparecida da Cruz, a Cida, que integra a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, órgão da Contraf-CUT que assessora as negociações com o banco, destacou a importância da mobilização nacional.
"Esta mobilização é muito importante para tentarmos reverter o processo de reestruturação e de demissões do Itaú. Este ano, vamos intensificar ainda mais a luta em defesa do emprego", ressalta.
A dirigente disse ainda que o Sindicato vai procurar o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador Sérgio Cabral para denunciar a política de esvaziamento da empresa na cidade. "O banco é um dos patrocinadores da Copa do Mundo, gasta uma fortuna com publicidade, mas, na prática, demite, assedia trabalhadores e presta um desserviço à cidade promovendo mais desemprego e miséria", critica.
Política de terror
Os bancários denunciam ainda as condições precárias de saúde, de segurança e de trabalho e o aumento das terceirizações no banco.
Cida denunciou também uma verdadeira política de terrorismo psicológico promovida pelos superintendes do banco que inclui assédio moral, humilhação e todo o tipo de pressão em função das metas inatingíveis impostas pela empresa aos funcionários.
Fonte: Seeb Rio