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30 de Setembro de 2011 às 23:59

Bancários MS: Greve entra no 3º dia e BB é alvo de repúdio da categoria

Um ambiente fúnebre foi criado na frente do BB
(Campo Grande-MS) - No terceiro dia de paralisação dos bancos de Campo Grande, os bancários fizeram uma grande mobilização em frente ao Banco do Brasil da Avenida Afonso com a Rua 13 de Maio, no centro da cidade, em repúdio à atuação da gerência que vinha constrangendo os trabalhadores para que trabalhassem dobrado durante a greve, usando a arbitrariedade do contingenciamento para forçar os bancários a enfraquecer o movimento grevista, que é legítimo e assegurado em lei.
Na manifestação realizada na entrada da agência, o comando organizou um cenário fúnebre com um caixão, enterrando simbolicamente a gerência do BB, faixas e cartazes sob forte barulho de apitaço e buzinaço, contestando a posição da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que ainda não se manifestou em promover um encontro para iniciar as negociações.
A Polícia Militar compareceu no local,  mas logo entendeu ser legítima a paralisação, orientando o comando da greve para se comporte dentro da lei, não se opondo ao ato de conscientização do trabalhador para que este venha participar da greve que é de interesse de todos.
APOIO DE OUTRAS CATEGORIAS
A paralisação dos bancários de Campo Grande e Região por melhores salários e boas condições de trabalho, que tem reflexo direto no movimento sindical, contou com a participação de outras categorias, que estão sendo solidárias neste importante momento da campanha nacional. Dirigentes sindicais da CUT, Transportes Coletivos e Urbanos, Vigilantes, Correios, Trabalhadores Indígenas, entre outras, engrossam as fileiras dos bancários na greve.
A paralisação ganhou força ontem em todo o Brasil, com 6.248 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados ontem em 25 estados e no Distrito Federal. Foram 2.057 unidades fechadas a mais do que no primeiro dia de greve.
Em Campo Grande, das quase 100 agências bancárias existentes, mais de 70 continuam fechadas. Segundo a presidente do sindicato, Iaci Azamor Torres, “é importante que população se conscientize que o nosso movimento não visa apenas o aumento salarial, mas busca uma forma de promover a segurança e comodidade de todos usuários dos serviços bancários. As portas giratórias não visam apenas a segurança dos funcionários, mas de todos, e a população tem que ser esclarecida sobre isso. Os pontos de atendimento não têm responsabilidade sobre os dados pessoais sigilosos, isso é responsabilidade dos bancos e eles têm que assumir”.
Também faz parte das negociações a ampliação no horário de atendimento de cinco para oito horas, com as agências abertas ao atendimento público das 9h às 17h, dessa forma, o correntista seria atendido nas agências e não em postos de serviço, que não oferecem segurança.
Fonte: Fetec-CN, com Seeb/Campo Grande



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