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24 de Maio de 2012 às 23:59

Bancários param agências do Itaú em Diadema, São Caetano e São Bernardo

As manifestações contra a política desumana praticada pelo Itaú Unibanco aconteceram simultaneamente em todo o país. No Dia Nacional de Luta, trabalhadores do banco intensificaram os protestos contra as demissões, a rotatividade, o assédio moral, as metas abusivas, as condições precárias de saúde, segurança e trabalho e a terceirização.
Na região do ABC Paulista, os bancários paralisaram seis agências em Diadema e seis em São Caetano do Sul e, com o apoio das comissões de fábricas, os PABs (Postos de Atendimento Bancários), localizados dentro da Volkswagen e Mercedes Benz, em São Bernardo do Campo. Em 17 de maio os funcionários pararam as agências de São Bernardo e em 11 de maio as de em Santo André.
A instituição financeira Itaú Unibanco lucrou no primeiro trimestre deste ano R$ 3,4 bilhões, o banco que mais lucra no Brasil. E nesse mesmo período fechou 1.964 postos de trabalho. Segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o Itaú Unibanco tinha, em março de 2011, 104.022 funcionários e reduziu esse número para 96.204. Nos últimos 12 meses o banco deu cartão vermelho a 7.728 trabalhadores.
No ABC, o Itaú contava com 2.060 funcionários, em 2011. Esse número, atualmente, é de 1.890. O número de demitidos no primeiro trimestre deste ano, na região é de 73, no mesmo período, do ano passado, foram 32 desligados. "A maioria dos bancos da região ampliou o número de funcionários enquanto o Itaú diminuiu. Cortou 170 postos de trabalho", diz Maria Rita Serrano, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC.
O banco Itaú pisa na bola com seus funcionários com gradativas demissões, com a brutal política da rotatividade, demitindo antigos trabalhadores, que dedicaram anos de suas vidas a instituição, com salários maiores e contratando novos pagando bem menos. Pesquisa do emprego bancários, elaborada pelo Dieese e pela Contra-CUT, mostra que a média salarial dos admitidos foi de R$ 2.430,57, em 2011, enquanto dos desligados de R$ 4.110,26, uma diferença de 40,87%. No ano anterior essa diferença era de 37,60%.
Mas o jogo desumano do Itaú Unibanco contra os seus funcionários tem ainda as estratégias táticas do assédio moral, praticado diariamente com ameaças e exposição dos trabalhadores, as metas abusivas, cada vez maiores e que exigem uma dedicação sobre-humana do trabalhador, que realiza suas funções em condições precárias de saúde, segurança e a jogada final, a terceirização.
Fonte: Loli Puertas - Seeb ABC



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