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7 de Abril de 2011 às 23:59

Banco Central dá carta branca para precarização do trabalho

Difícil de acreditar, mas o Banco Central, que deveria fiscalizar as instituições financeiras, está tomando medidas favoráveis às empresas. A última iniciativa, que flexibiliza ainda mais a abertura de correspondentes bancários, deixou os empregados do setor perplexos. Nas mudanças mais significativas da legislação sobre o tema, o BC baixou norma que permite aos bancos criarem correspondentes dentro do próprio conglomerado ou contratarem empresas que façam exclusivamente os serviços. Em outras palavras, agora as instituições não precisam mais das farmácias, lojas ou supermercados para abrir novos pontos. O correspondente bancário é, hoje, um excelente negócio para os bancos, que economizam com prestação de serviço. No entanto, abre espaço para que as empresas deixem de seguir os planos de segurança e ainda desrespeitem os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários. Crescimento Criados inicialmente para levar os serviços bancários para cidades sem agências, os correspondentes tiveram a função alterada e passaram a ser instalados sem qualquer critério. Para se ter uma ideia do crescimento, em dezembro de 2007, o país tinha 95.849 unidades. Em dezembro de 2010, o número passou para 165.228, alta de 72%. Neste mesmo período, as agências bancárias cresceram apenas 5%, chegando a 19.013 unidades.



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