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5 de Março de 2012 às 23:59

Banco Central dá R$ 33,6 bilhões a bancos

Valor transferido para as cinco organizações foi 97,4% maior do que o liberado em 2010
Diferente do trabalhador, os donos das organizações financeiras no Brasil têm vida fácil. Estranhamente, o Banco Central transferiu nada menos do que R$ 33,6 bilhões para os cofres de cinco empresas em 2011. O valor corresponde a 60% do lucro líquido desses bancos no período, de R$ 50,7 bilhões.    
 No ano passado, o valor concedido foi 97,4% maior do que o verificado em 2010. Na época, as organizações financeiras ganharam R$ 17 bilhões dos cofres públicos. A transferência é consequência das mudanças no depósito compulsório, adotadas em 2010. A medida é utilizada pelo BC para controlar o volume de crédito na economia.
 Sem contar com a Caixa, que tem grande parte dos recursos reservados para o Sistema Financeiro da Habitação e não ao compulsório, a variação atingiu 154%. As informações revelam que a renda da população é diretamente direcionada para o setor financeiro, que, diga-se de passagem, é o mais lucrativo da economia nacional.
 Medidas
 O crescimento do índice é resultado das medidas macroprudenciais, feitas pelo BC em dezembro de 2010, para conter a expansão do crédito voltado para o consumo e combater a inflação, sem que fosse preciso alta na taxa Selic.
 O pacote incluía aumento do compulsório de 15% para 20% e, ainda, estabeleceu um compulsório adicional, de 8% e 12% sobre depósitos à vista e a prazo. A grande questão é que a medida não só ajuda a aquecer a economia sem mexer na taxa básica de juros, mas também a enriquecer a ‘bolsa-banqueiro’.
 Os dados fazem parte da Pesquisa de Desempenho dos Cinco Maiores Bancos em 2011, realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e baseada nos balanços do BB, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander



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