7 de Novembro de 2011 às 22:59
Bancos abocanham R$ 34 bilhões de lucros em apenas nove meses
Total é a soma dos resultados do Bradesco, Santander, Itaú e Banco do Brasil
As argumentações apresentadas pelos bancos nas negociações da Campanha Nacional Unificada deste ano – de que não poderiam dar aumento real, valorizar os pisos ou pagar PLR maior para a categoria – foram todas refutadas pelo Comando Nacional dos Bancários que apontava os excelentes resultados do setor. Os números divulgados nas últimas semanas reforçam que os trabalhadores estavam certos, novamente, em não abrir mão de suas reivindicações.
Os lucros líquidos somados das quatro maiores instituições financeiras do país – Bradesco, Santander, Itaú Unibanco e Banco do Brasil – nos primeiros nove meses deste ano ultrapassa a cifra dos R$ 34,3 bi.
Os lucros líquidos somados das quatro maiores instituições financeiras do país – Bradesco, Santander, Itaú Unibanco e Banco do Brasil – nos primeiros nove meses deste ano ultrapassa a cifra dos R$ 34,3 bi.
Para o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, “Esses resultados indicam que é possível que a campanha salarial da categoria seja resolvida na mesa de negociação, sem que os bancários tenham de utilizar seu direito constitucional de ir à greve e, acima de tudo, mostra que a greve dos bancários foi de responsabilidade apenas dos banqueiros, como o sindicato sempre denunciou, já que os bancos tinham e têm dinheiro de sobra para atender os trabalhadores sem a necessidade da greve que atrapalha toda a sociedade”.
Recorde
O recorde de toda a história do sistema financeiro nacional, de acordo com a consultoria Economática, é de novo do Itaú Unibanco. Nos primeiros nove meses, o lucro líquido foi de R$ 10,9 bi, 15,97% maior que em 2010, sendo que R$ 3,8 bi foram apurados apenas no terceiro trimestre deste ano, um crescimento que chega a 25,5% em relação a igual período do ano passado.
Com o segundo melhor resultado, o Banco do Brasil apresentou em seu balanço o lucro líquido de R$ 9,2 bi em nove meses, 18,9% maior em comparação ao do mesmo período do ano passado, sendo que R$ 2,9 bi foram obtidos apenas no terceiro trimestre.
Entre janeiro e setembro deste ano, o Bradesco teve lucro líquido de R$ 8,3 bi, crescimento de 18,2% em relação ao ano passado. No terceiro trimestre, quando apurou R$ 2,8 bi, o aumento foi de 11,4%.
Já o Santander teve lucro líquido de R$ 5,9 bi nos primeiros nove meses, alta de 9% em relação a igual período de 2010.
Com o segundo melhor resultado, o Banco do Brasil apresentou em seu balanço o lucro líquido de R$ 9,2 bi em nove meses, 18,9% maior em comparação ao do mesmo período do ano passado, sendo que R$ 2,9 bi foram obtidos apenas no terceiro trimestre.
Entre janeiro e setembro deste ano, o Bradesco teve lucro líquido de R$ 8,3 bi, crescimento de 18,2% em relação ao ano passado. No terceiro trimestre, quando apurou R$ 2,8 bi, o aumento foi de 11,4%.
Já o Santander teve lucro líquido de R$ 5,9 bi nos primeiros nove meses, alta de 9% em relação a igual período de 2010.
Rentabilidade
De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a rentabilidade média sobre o patrimônio líquido anualizado (setembro de 2010 a setembro de 2011) das quatro instituições financeiras chega a 21%. A maior foi verificada no Banco do Brasil (22,6%), seguido de Itaú (22,5%), Bradesco (22%) e Santander (16,9%).
Para Raul Verão, presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, “A população precisa cobrar das instituições financeiras e do próprio governo mais contratações para que ela possa ser melhor atendida e, principalmente, exigir o fim dos correspondentes bancários” De acordo com Raul, “Com um lucro extraordinário desses não tem justificativa os bancos jogarem seus clientes e usuários para serem atendidos em farmácias, lotéricas ou qualquer outro ponto sem o mínimo de conforto e segurança para os clientes e usuários, tão somente para que os bancos continuem batendo recordes de exorbitantes lucros, como vem ocorrendo nos últimos anos”.
Fonte: Seeb-Dourados, por Joacir Rodrigues



