19 de Setembro de 2013 às 23:59
Bancos lucraram 120% a mais que bancários em apenas sete anos
Em nota, Fenaban se posiciona sobre campanha citando aumento dos bancários acumulado em 58% no período

Somente essa informação seria suficiente para desmontar nota divulgada pela federação dos bancos na qual afirma que: “a proposta (de 6,1%, apresentada em 5 de setembro) deve ser avaliada considerando os ganhos dos últimos anos”.
Principalmente se avaliada à luz dos últimos anos e de acordo com esses números, fica claro que os bancos devem muito aos bancários e mais, todo aumento real foi conquistado graças à mobilização de trabalhadores de todo o Brasil. Todos os anos foi preciso ter greve. Só obtivemos avanços por conta das paralisações. Nada foi concedido sem a luta da categoria.
Acionistas – Quem ganha com o crescimento dos lucros dos bancos é cada vez menos o bancário, apesar da quantidade de trabalho ser cada vez maior. Entre 1999 e 2005, em média, os acionistas ficavam com 25,9%, os impostos, 24%, e os bancários, 50,1% da riqueza gerada no banco. Entre 2006 e 2012, uma inversão: o governo continua em 23%, mas acionistas passaram a receber quase 40% e aos trabalhadores restaram 37%.
Os bancários querem inverter essa lógica e distribuir melhor a riqueza gerada no setor. Para isso, o salário do bancário tem de subir, o piso tem de ser valorizado, de forma a diminuir a gigantesca diferença entre o que recebem os executivos, acionistas, e os empregados dos bancos.
Não é só por salários, mas também por saúde – A nota também manifestou os “aspectos sociais e sindicais”, ao ressaltar o único avanço conquistado até o momento em mesa de negociação, sobre os conflitos no ambiente de trabalho: o prazo para análise dos casos de assédio moral que passaria de até 60 dias para até 45 dias. É um avanço, mas não é essa ferramenta que acabará com o adoecimento dos trabalhadores. O que pode ajudar a resolver esse problema é o fim da pressão por metas diárias, abusivas, e das cobranças que colocam os trabalhadores em situações vexatórias.
Fonte: Seeb-SP