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14 de Outubro de 2011 às 23:59

BANCOS: Lucros em bilhões, salários dos funcionários em tostões

No dia 19, quando o Brasil entrar em campo contra a Argentina, no primeiro confronto dos Jogos Pan-Americanos do México, ninguém no país vai duvidar da superioridade brasileira no gramado. Infelizmente, quando o assunto é salário, o placar vira antes mesmo de começar o jogo.

 Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos), enquanto o salário de ingresso dos bancários no Brasil (convertido em dólares, para facilitar a comparação) é de US$ 735,29, o argentino já começa com quase o dobro: US$ 1.432,21. E o Brasil perde também no confronto com Uruguai, onde o piso inicial é de US$ 1.039,00.

 Por outro lado, se o assunto for lucro, o placar se inverte completamente. O governo fecha os olhos para a voracidade dos bancos, e o Brasil mais parece uma mãe para as organizações financeiras. Nem a crise internacional abala o resultado. Só no primeiro semestre deste ano, os bancos acumularam lucro recorde de R$ 27,4 bilhões.

 Um dos setores mais lucrativos do mundo, o de petróleo e gás, não teve resultado tão expressivo quanto os bancos. Entre janeiro e junho, o ganho do setor ficou em R$ 21,9 bilhões. Muito atrás, com ganho de R$ 9,6 bilhões, está energia elétrica. Alimentos e bebidas fechou o semestre com R$ 7,2 bilhões de lucro. E telecomunicações teve ganho de R$ 4,9 bilhões, menos que os R$ 5,5 bilhões da diferença que separa os bancos da indústria de petróleo e gás.



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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