4 de Maio de 2012 às 23:59
Banqueiros de bolso cheio, graças a bancários e clientes
Não é novidade para ninguém, mas a lucratividade dos banqueiros é maior a cada ano, graças ao esforço dos bancários, que sofrem com a pressão por metas, e aos clientes, que são explorados até o último fio do cabelo, com a cobrança de taxas exorbitantes. Em 2011, somente Itaú, Bradesco e Santander lucraram R$ 11,59 bilhões em tarifas bancárias. O valor representa um novo método de aumentar o lucro. Respectivamente, os bancos somaram no trimestre R$ 5 bilhões, R$ 4,11 bilhões e R$ 2,47 bilhões.
No entanto, correntistas e empregados não vêm o retorno. O atendimento nas agências em todo o país, por falta de funcionários e condições de trabalho.
Apenas três bancos privados ganham R$ 11,5 bilhões em tarifas
Os dados comprovam. Os bancos podem reduzir ainda mais as taxas de juros e beneficiar todos os clientes. Juntos, Itaú, Bradesco e Santander ganharam R$ 11,59 bilhões somente com tarifas bancárias. O valor reflete a nova tendência de ganho além do crédito.
No Bradesco, o ganho passou de R$ 3,51 bilhões no último trimestre de 2011, para R$ 4,11 bilhões entre janeiro e março deste ano. Crescimento de 17,3%. O Santander teve uma expansão um pouco menor, de 15,5% no mesmo período, de R$ 2,14 bilhões para R$ 2,47 bilhões. O Itaú, maior banco privado do país, também está muito bem. A expansão foi de 12%, passando para R$ 5 bilhões.
Os números mostram que a estratégia dos bancos é migrar para a prestação de serviços e, assim, não reduzir a alta lucratividade. Antes, as receitas de serviços serviam para cobrir as despesas das agências, principalmente com os funcionários. Mas, agora, para não perderem nada, as organizações financeiras mudam o foco do ganho.
O grande problema é que a lucratividade não é revertida em nenhum benefício para os empregados e a população. Pelo contrário. Citando apenas alguns exemplos, o atendimento ao público é péssimo, não há segurança nas agências, nem fora delas, os bancários sofrem com a pressão pelo cumprimento por metas e as más condições de trabalho.
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