24 de Julho de 2012 às 23:59
Bradesco lucra R$ 5,72 bilhões no semestre, mas fecha 571 empregos
O Bradesco abriu a temporada de divulgação dos lucros no primeiro semestre subindo no pódio dos maiores resultados. Entre janeiro e junho, a empresa registrou ganho de R$ 5,72 bilhões, alta de 2,53% ante o mesmo período do ano passado. Em contrapartida o banco fechou 571 postos de trabalho no segundo trimestre de 2012, apesar de registrar lucro líquido de R$ 2,867 bilhões no período, um crescimento de 0,8% em relação ao primeiro trimestre, segundo o balanço divulgado nesta segunda-feira 23 pelo segundo maior banco privado do país. No semestre, o lucro líquido já chega a R$ 5,72 bilhões.
O lucro líquido aumentou mesmo com a elevação em 39,8% das provisões para créditos de liquidação duvidosa, que saltaram de R$ 2,43 bilhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 3,40 bi no mesmo período de 2012 - embora o índice de inadimplência superior a 90 dias tenha crescido apenas 0,5%.
O lucro líquido aumentou mesmo com a elevação em 39,8% das provisões para créditos de liquidação duvidosa, que saltaram de R$ 2,43 bilhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 3,40 bi no mesmo período de 2012 - embora o índice de inadimplência superior a 90 dias tenha crescido apenas 0,5%.
O crescimento mostra que mesmo com a crise financeira mundial e a desaceleração da economia, os bancos apresentam resultados surpreendentes. Graças também ao esforço dos funcionários, que, apesar de tudo, não são valorizados.
Os números corroboram. Entre abril e junho o lucro do banco foi de R$ 2,83 bilhões, aumento de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado com ajuste, que exclui os efeitos extraordinários, foi de R$ 2,867 no trimestre.
As condições de trabalho, por outro lado, não acompanham o crescimento da lucratividade do banco. O Bradesco não investe em melhorias nas agências e os funcionários continuam a trabalhar sobrecarregados, com freqüente extrapolação da jornada de trabalho.
Dinheiro para investir tem de sobra. Para se ter ideia, somente as operações de crédito totalizaram R$ 365 bilhões, puxadas principalmente pelo segmento de micro e pequenas empresas, que avançou 17,3%.
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