Crédito: Seeb Taubaté
Clientes botaram a boca no trombone contra os truques dos bancos
Por volta das 10h45, as filas nas agências de Taubaté se avolumavam, enquanto os clientes aguardavam debaixo do sol quente a abertura dos estabelecimentos bancários dali a quinze minutos.
Esse foi o cenário presenciado pelos integrantes da Caravana da FETEC-CUT/SP, na quarta-feira, dia 22, ao completarem o décimo segundo itinerário do roteiro de lançamentos da Campanha Nacional 2012.
Com animação do grupo musical Charanga da Joana de Taubaté e apresentações de ilusionistas, a atividade denunciou os truques dos banqueiros, chamando a população para apoiar o movimento dos trabalhadores bancários que também busca mais contratações, jornada de seis horas e melhoria do atendimento.
Enquanto aguardava a abertura da agência, uma cliente do Itaú reclamou da situação que resume o descaso de todos os bancos com a maioria da população. "As agências deveriam abrir às 9h, porque até entrarmos e sair já será um dia perdido...", desabafou com apoio das demais pessoas que permaneciam na fila.
O diretor da FETEC/CUT-SP e do Sindicato dos Bancários de Taubaté e Região, Valdir Machado, anunciou que "os bancários estão em campanha não apenas por melhores condições de trabalho e de remuneração, mas também por melhor prestação serviços à população", afirmou ao distribuir exemplares do Notícias da FETEC - Edição Especial do Cliente, com os telefones do Banco Central e das Ouvidorias dos bancos. "Os clientes devem reclamar do mal atendimento e cobrar melhorias. É direito de todos".
O diretor da FETEC/CUT-SP, Cláudio Luis, ao falar em frente de uma agência do BB, destacou que a missão do banco público não é vender produtos nem cobrar tarifas, mas servir a população. "Por isso, chamamos a população para apoiar a nossa campanha. Aos bancários, é determinante a participação nas atividades e assembleias, para se informar das negociações, sempre com a solidariedade aos colegas afastados por licença médica", afirmou ao lembrar os inúmeros bancários que precisam fazer uso de remédios psiquiátricos por conta dos transtornos psíquicos decorrentes do trabalho.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Taubaté e Região, Valdir Aguiar, lembrou a trajetória de luta de inúmeros trabalhadores. "Nos últimos 25 anos, vi muitos colegas ficarem pelo caminho, pois a vida de bancário não é fácil. Mas vi também muitos participarem do movimento sindical e tornar o sindicato mais forte, com disposição de avançar na luta por qualidade de vida para todos.
"Em todas as situações, os bancários devem procurar seu sindicato para denunciar abusos nos locais de trabalho e participar das mobilizações. É dessa forma que conquistamos nossos direitos e será dessa forma que seguiremos ampliando as nossas conquistas", salientou Aguiar.
Fonte: Contraf-CUT com Fetec-CUT/SP