29 de Dezembro de 2011 às 22:59
CCT 20 ANOS - Conquistas vieram com unidade e luta
A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é fruto da mobilização de várias gerações de bancários de bancos públicos e privados. Conhecer esses direitos é o primeiro passo para valorizá-los e ampliá-los. Veja abaixo algumas dessas garantias
De norte a sul do Brasil
Em 1992 os bancários conquistaram, pela primeira vez na história dos trabalhadores, direitos iguais de norte a sul do país: a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) Nacional. Desde então, os direitos valem igualmente para os bancários de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Bahia, Rio... de todo o país. Conquistas que se somam a cada campanha marcada pela capacidade de luta e a criatividade da categoria.
Em 1992 os bancários conquistaram, pela primeira vez na história dos trabalhadores, direitos iguais de norte a sul do país: a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) Nacional. Desde então, os direitos valem igualmente para os bancários de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Bahia, Rio... de todo o país. Conquistas que se somam a cada campanha marcada pela capacidade de luta e a criatividade da categoria.
A primeira grande conquista
Os bancários têm jornada de seis horas. A garantia, uma das primeiras da categoria, veio na década de 1950 após forte greve dos trabalhadores. No ano seguinte, 1951, a categoria iniciou a sua mais longa greve já vista: 69 dias. O resultado foi a conquista de 31% de reajuste aos bancários de São Paulo, contra 15% oferecido pelos banqueiros. O início da paralisação, 28 de agosto, foi consagrado como o Dia do Bancário.
Os bancários têm jornada de seis horas. A garantia, uma das primeiras da categoria, veio na década de 1950 após forte greve dos trabalhadores. No ano seguinte, 1951, a categoria iniciou a sua mais longa greve já vista: 69 dias. O resultado foi a conquista de 31% de reajuste aos bancários de São Paulo, contra 15% oferecido pelos banqueiros. O início da paralisação, 28 de agosto, foi consagrado como o Dia do Bancário.
Verbas aliviam gastos
O auxílio-refeição e a cesta-alimentação estão tão presentes no cotidiano dos bancários que muitos consideram, erroneamente, que se tratam de “benefícios” dos bancos. Na realidade, essas verbas só vieram com muita luta. O auxílio-refeição foi conquistado em 1991 e só depois de duas greves (uma em março e outra em setembro), além de passeatas e outros protestos. Em 1992, o valor foi unificado para bancários de 6 e de 8 horas. Após 21 dias de greve em 2011, o tíquete passou a R$ 19,78 por dia.
Já a cesta-alimentação foi garantida em 1994. A largada da campanha foi em julho por conta da desvalorização imposta aos salários pelo plano econômico do então ministro da Fazenda FHC. Em 2011, a cesta-alimentação passou a R$ 339,08.
O auxílio-refeição e a cesta-alimentação estão tão presentes no cotidiano dos bancários que muitos consideram, erroneamente, que se tratam de “benefícios” dos bancos. Na realidade, essas verbas só vieram com muita luta. O auxílio-refeição foi conquistado em 1991 e só depois de duas greves (uma em março e outra em setembro), além de passeatas e outros protestos. Em 1992, o valor foi unificado para bancários de 6 e de 8 horas. Após 21 dias de greve em 2011, o tíquete passou a R$ 19,78 por dia.
Já a cesta-alimentação foi garantida em 1994. A largada da campanha foi em julho por conta da desvalorização imposta aos salários pelo plano econômico do então ministro da Fazenda FHC. Em 2011, a cesta-alimentação passou a R$ 339,08.
13ª cesta – Corresponde ao crédito de uma cesta-alimentação extra no final do ano. A conquista passou a integrar a CCT nacional na campanha de 2007. Na Campanha Nacional Unificada 2011 o valor passou a R$ 339,08.
Combate ao assédio moral
Em 2010 foi conquistado, de forma pioneira, o instrumento de combate ao assédio moral que permite ao bancário denunciar, sigilosamente pelo site, o problema no local de trabalho. Em 2011, após 21 dias de greve e a campanha Bancário não é máquina (foto), foi assegurada cláusula que proíbe a divulgação de ranking de funcionários. Além disso, desde o ano 2000, a discussão de Igualdade de Oportunidades nos bancos é assegurada na CCT.
Em 2010 foi conquistado, de forma pioneira, o instrumento de combate ao assédio moral que permite ao bancário denunciar, sigilosamente pelo site, o problema no local de trabalho. Em 2011, após 21 dias de greve e a campanha Bancário não é máquina (foto), foi assegurada cláusula que proíbe a divulgação de ranking de funcionários. Além disso, desde o ano 2000, a discussão de Igualdade de Oportunidades nos bancos é assegurada na CCT.
PLR cada vez maior
Os bancários asseguraram a PLR na CCT, em 1995, quando o primeiro pagamento foi de 72% do salário mais R$ 200. Em 2011, passou a 90% mais R$ 1.400, limitada a R$ 7.827,29, podendo chegar a 2,2 salários se a distribuição não atingir 5% do lucro líquido do banco. Em 2007 veio a conquista da PLR adicional (paga acima do teto da PLR e sem desconto nos programas próprios) que agora corresponde à distribuição de 2% do lucro líquido, com teto de R$ 2.800.
Os bancários asseguraram a PLR na CCT, em 1995, quando o primeiro pagamento foi de 72% do salário mais R$ 200. Em 2011, passou a 90% mais R$ 1.400, limitada a R$ 7.827,29, podendo chegar a 2,2 salários se a distribuição não atingir 5% do lucro líquido do banco. Em 2007 veio a conquista da PLR adicional (paga acima do teto da PLR e sem desconto nos programas próprios) que agora corresponde à distribuição de 2% do lucro líquido, com teto de R$ 2.800.
Mais tempo com o bebê
Um importante avanço social foi conquistado de forma pioneira pela categoria. Desde 2010 as gestantes bancárias podem ficar seis meses em licença-maternidade, dois meses além da legislação. O período é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. A campanha pela ampliação foi lançada em 2009. Além da licença, desde a campanha de 1981, os pais também têm direito ao auxílio-creche/babá. Em 1992, ano da CCT nacional, a categoria conseguiu que o direito fosse ampliado. Em 2011 o valor passou a R$ 284,85.
Um importante avanço social foi conquistado de forma pioneira pela categoria. Desde 2010 as gestantes bancárias podem ficar seis meses em licença-maternidade, dois meses além da legislação. O período é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. A campanha pela ampliação foi lançada em 2009. Além da licença, desde a campanha de 1981, os pais também têm direito ao auxílio-creche/babá. Em 1992, ano da CCT nacional, a categoria conseguiu que o direito fosse ampliado. Em 2011 o valor passou a R$ 284,85.