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26 de Maio de 2011 às 23:59

Cerca de 500 operários mantêm paralisação nas obras de termelétrica em Três Lagoas

Os 500 trabalhadores da empresa Engecampo Ltda, prestadora de serviços para a ampliação da Termelétrica Júlio Carlos Prestes, em Três Lagoas, pertencente à Petrobrás, decidiram manter a paralisação. Nesta terça-feira (24), à tarde, representantes da categoria, responsáveis pela montagem industrial da obra, estiveram reunidos em assembléia com a empresa que apresentou proposta de reajuste de 25%, a manutenção do plano de saúde local, cesta básica de R$ 130,00 e aumento no percentual pago pelas horas extras. Funcionários de outras empresas terceirizadas para as obras de ampliação também começam a aderir a paralisação, nesta quinta-feira (25). "Estamos juntos nessa empreitada. Afinal as melhorias devem ser para todos que trabalham aqui", afirmou o mecânico ajustador, Cid Oliveira, funcionário da AVAF. Entretanto, a paralisação foi mantida e, de acordo com o representante da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias e Mobiliários da Construção Civil de Mato Grosso do Sul (Fetricom/MS), em Três Lagoas, Webergton Sudário, tudo caminha para a greve. “Os trabalhadores não acataram a proposta, principalmente pela questão do plano de saúde local, pois, como quase todos vieram de outras cidades para trabalhar na ampliação da Termelétrica, não abrange os familiares. Também há o problema da precariedade dos alojamentos oferecidos pela Engecampo. Estamos entrando com pedido junto ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPE/MS) para que iniciemos a greve ”, explicou o representante. A empresa não quis se pronunciar até o momento. Os dirigentes da Engecampo permanecem dentro da Termelétrica e, segundo Webergton, prometeram nova assembléia para esta tarde de quinta-feira (25). Reivindicações A categoria reivindica reajuste de 30,98% para todos os funcionários da empresa, aumento no percentual das horas extras, plano de saúde da Unimed ou da Bradesco Saúde, cesta básica de R$ 240,00 e mudanças nos alojamentos, que, segundo eles estão sem condições básicas para abrigar essa quantidade de trabalhadores. "Cada quarto do alojamento, com 3x3 metros, abriga três pessoas e a rede de esgoto vive entupida. Além de ser longe de tudo - banco, farmácia, restaurante. Eles prometeram uma coisa para gente vir para cá e a realidade foi bem diferente. O plano de saúde oferecido é de um hospital local. Dessa forma, nossas famílias, que estão longe, não são amparadas. Não iremos voltar ao serviço até que a Engecampo regularize nossa situação", alegou o funcionário encanador, Geovane Rodrigues Silva Fonte: Midiamax Campo Grande



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