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21 de Julho de 2012 às 23:59

CONFERÊNCIA: Bancos podem contratar mais, diz Dieese

Os dados comprovam. Os bancos em atuação no Brasil podem parar com o processo de precarização do trabalho e voltar a contratar. No início dos anos 1990, o país tinha cerca de 730 mil bancários. Mas com o processo de informatizção, o número caiu para 392 mil no final da década.
A pesquisa do Dieese, apresentada na abertura da Conferência Nacional dos Bancários, nesta sexta-feira (20), mostra ainda que a partir do ano 2000 os empregos começaram a crescer. Atualmente, a categoria bancária tem 508 mil trabalhadores. Alta de 29% em relação ao fim da década de 1990.
Os dados parecem animadores, mas não são. É que apesar de a categoria ter crescido, a precarização do trabalho e a rotatividade aumentaram consideravelmente na última década. Em 1995, o percentual de bancários com mais de 10 anos de casa chegava a 46%. Em 2010, a taxa tinha caido para 26%.
A estratégia da rotatividade para reduzir os gastos é clara. Para se ter ideia, um bancário contratado chega a receber até 38% menos do que o que ocupava o mesmo cargo anteriormente. É uma média muito superior à dos outros setores, que fica em 7%.
A pesquisa também aponta que o aumento expressivo de correspondentes bancários contribui com a precarização do emprego. No início do ano 2000, o número de correspondentes era inexpressivo. Em 2010 já eram quase 158 mil e agora, em 2012, são mais de 300 mil.
 Jornada
 Apesar de ser uma conquista histórica dos bancários, a jornada de seis horas diárias, na prática, é amplamente desrespeitada. Metade dos trabalhadores trabalha entre 31 horas e 40 horas por semana. Em 1995, o indice era de 31%. Por isso, a importância da luta pela redução da jornada, bastante forte no movimento sindical bancário.



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