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21 de Outubro de 2011 às 22:59

Confira as principais conquistas da campanha. Piso e PLR maiores e aviso prévio melhor que a lei

Além de arrancar aumento real pelo oitavo ano consecutivo, garantir a valorização do piso e aumentar a participação dos bancários no crescente lucro dos bancos eram duas importantes prioridades da Campanha Nacional dos Bancários. E as conquistas vieram com a unidade nacional, a força da mobilização e a capacidade de negociação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT.
"A nova convenção coletiva coroa mais uma campanha vitoriosa dos bancários. Enfrentamos um cenário econômico e político adverso. Derrotamos a visão equivocada de setores do governo e do empresariado de que salário gera inflação. E garantimos a continuidade do modelo de valorização do trabalho, como forma de fortalecer o desenvolvimento econômico com distribuição de renda", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Valorização do piso
Pelo segundo ano consecutivo, os bancários conseguem reajuste maior nos pisos. Este ano, a valorização chegou a 12%, representando aumento real de 4,3%. Entre 2004 e 2011, o piso subiu 31,7% acima da inflação, recompondo o salário de ingresso da categoria.
Essa foi outra batalha travada na mesa de negociação, que avançou somente diante da mobilização dos bancários.
O reajuste maior tem impacto positivo para escriturários, caixas, tesoureiros e primeiros comissionados.
Aumentar o piso tem o objetivo de reduzir a imensa desigualdade salarial que existe dentro dos bancos. Foi um avanço em uma reivindicação que faz muita diferença na carreira do bancário.
PLR - Regra básica
A parte fixa da regra básica da PLR cresceu 27,18% ficando em 90% do salário mais R$ 1.400. Se ao final do pagamento dessa regra básica o montante distribuído não atingir 5% do lucro líquido do banco, o valor deve ser aumentado até atingir 2,2 salários. É o que deve ocorrer com os funcionários do Bradesco, Itaú e Santander, segundo projeções do Dieese com base nos últimos balanços desses bancos.
Parcela adicional
O teto da PLR adicional também subiu. Serão distribuídos 2% do lucro líquido anual entre todos os empregados, com teto de R$ 2.800 - valor que cresceu 16,66% em relação a 2010. Esse montante é pago sem desconto dos programas próprios de remuneração.
Quando vem
Até o próximo dia 31, quando termina o prazo de até 10 dias após a assinatura da convenção coletiva, que será assinada nesta sexta-feira (21), às 14h, em São Paulo. Os bancários recebem a primeira parcela da regra básica da PLR (que corresponderá a 54% do salário mais um valor fixo de R$ 840, com limite de R$ 4.696,37) e a primeira parte da PLR adicional que corresponderá à distribuição de 2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2011 entre todos os empregados com limite individual de até R$ 1.400.
A segunda parte da regra básica e da parcela adicional deverá ser paga até 1º de março de 2012.
Aviso prévio proporcional
Nova cláusula na convenção coletiva indeniza o trabalhador por um período maior e torna mais caro aos bancos demitir. A mudança no aviso prévio proporcional está acima do que determina a nova legislação sobre o tema (Lei 12.506, de 11 de outubro de 2011), que prevê aumento do tempo de concessão de aviso prévio nas demissões sem justa causa, com acréscimo de três dias a cada ano de serviço, limitado ao máximo de 90 dias.
Para os bancários, o limite será de 120 dias e o aviso é indenizado. Essa é uma importante conquista porque demitir fica mais caro para os bancos. É uma alteração importante no combate à rotatividade.
Confira os pisos na convenção coletiva:
Confira a projeção de PLR nos três maiores bancos privados:
Nota: Os empregados do HSBC devem receber a regra básica de 90% do salário + R$ 1.400,00,
além da distribuição linear de 2% do lucro líquido referente a parcela adicional
Confira como fica o pagamento do aviso prévio proporcional:
Confira as demais conquistas com a proposta Fenaban:
Fonte: Contraf-CUT, com Seeb SP



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