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4 de Julho de 2025 às 08:59

ContrafCast: Sabia que a categoria bancária é pioneira na inclusão de direitos à população LGBTQIA+?

Nesta edição, o podcast da Contraf-CUT recebe Bianca Garbelini: 'Lutas do movimento sindical estão atreladas às lutas por direitos humanos'

O pioneirismo da categoria bancária, com a garantia de mecanismos pela diversidade e inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), foi destaque no bate-papo aprofundado e, ao mesmo tempo, descontraído com a secretária da Juventude da Contraf-CUT, Bianca Garbelini, nesta edição do ContrafCast, apresentado por André Accarini.

“Cláusulas que tratam da população LGBTQIA+ existem na CCT dos bancários desde 2009. É importante frisar que, já em 2009, dois anos antes da questão ser pacificada pelo Supremo Tribunal Federal, em 2011, os bancários já haviam conquistado a extensão de direitos para casais homoafetivos, cônjuges ou dependentes, como plano de saúde e vale alimentação”, destacou Bia.

O episódio também abordou outros temas como o envelhecimento da população LGBTQIA+ e a necessidade de políticas públicas de acolhimento para o segmento; as atividades pelo mês do orgulho LGBTQIA+, celebrado em junho deste ano e a relevância de figuras públicas como Lady Gaga, Madonna e Linn da Quebrada na luta por direitos e representatividade. "A arte é resistência. Esses artistas nos inspiram, nos formam, nos empoderam”, completou Bia, destacando o papel transformador da cultura na construção de uma sociedade mais justa.

Direitos x Lógica de Mercado: a força da CCT

Outro destaque nesta edição foi o debate sobre a relação entre o "pink money" e as políticas de inclusão no mercado de trabalho. Por muito tempo, empresas adotaram discursos de diversidade e inclusão impulsionadas pela lógica do ESG, sigla em inglês para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança). No entanto, a ascensão de líderes abertamente transfóbicos e anti-diversidade tem levado empresas a recuarem em suas políticas de inclusão, demonstrando uma mudança nas tendências de mercado.

Neste cenário, Bia Garbelini enfatizou a importância de a categoria ter conquistado direitos da população LGBTQIA+ em negociações coletivas antes dessa reversão de mercado. Isso porque, os direitos bancários, como o uso do nome social e a extensão de benefícios, não estão atrelados a uma lógica de mercado ou às tendências políticas. Se os bancos brasileiros quisessem retroceder nessas políticas hoje, não poderiam, pois elas estão garantidas por uma Convenção Coletiva de Trabalho, tornando-as inegociáveis e protegidas de flutuações de mercado ou discursos anti-diversidade. E isso reforça a tese de que "direitos não podem depender de tendência de mercado".

Você também pode acompanhar o podcast em nosso canal do Youtube:

Fonte: Contraf-CUT



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