CPT-MS investirá em formação buscando qualificação na luta pela reforma agrária
A Comissão Pastoral da Terra-Regional Mato Grosso do Sul (CPT-MS), realizará um curso de formação dirigida a agentes pastorais da entidade em 31 de março até 3 de abril, no Centro Social Rural São Vicente de Paulo, no distrito de Indápolis, município de Dourados/MS. O curso está aberto também a pessoas interessadas no comprometimento da luta pela reforma agrária e para atuarem como educadores populares junto aos camponeses e camponesas no Estado. O objetivo é aprofundar na formação e na reflexão no intuito de uma atuação mais qualificada sobre a conjuntura agrária nacional e estadual, de modo a fortalecer o trabalho da entidade junto ao campesinato, estimulando seu protagonismo. Módulos O curso esta dividido em quatro módulos; dois deles serão realizados este ano e outros dois em 2012. O primeiro módulo propõe o estudo da formação social brasileira e abarcará temas como: a questão indígena, o problema agrário (terra, território, biomas); modos de produção e relações sociais de produção; e agronegócio e agricultura familiar. O segundo módulo, que também será desenvolvido este ano estará focado no campesinato, com os seguintes temas: História das lutas camponesas; desafios e possibilidades da recriação camponesa; economia solidária; e a CPT e os diversos grupos de campesinos. Os quatro módulos durarão seis meses e será com a pedagogia da alternância, sendo que será trabalhado em momento presencial e parte no tempo equipe-comunidade. Justificativas A Comissão Pastoral da Terra atua no Estado de Mato Grosso do Sul desde 1978. Já contribuiu na formação de centenas de lideranças camponesas na luta direta pela conquista da terra bem como nela permanecer. Hoje muitas lideranças estão atuando em outros campos da sociedade e a renovação e formação de novas lideranças não acompanharam o volume de demandas que a nova realidade do campo apresenta para a luta camponesa. A CPT-MS entende que é necessário contar cada vez mais com pessoas qualificadas para enfrentar os novos desafios que a luta pela democratização da terra apresenta. Nesta perspectiva, a proposta de formação é para que novos agentes surjam no horizonte da luta social e popular pela reforma agrária e que os que já estão atuando sejam motivados em função a renovados compromissos. Fonte: CPT/MS