Nos últimos oito anos, a luta dos trabalhadores, inclusive os bancários, tem encontrado terreno fértil em um país que desde 2003 experimenta desenvolvimento econômico com justiça social e liberdade sindical. Depois de anos de reajuste zero e desmonte das empresas públicas encerrados em 2002, os bancários aproveitam o bom momento do país para garantir conquistas, inclusive a recuperação das perdas salariais do governo FHC. Os avanços que os trabalhadores de todas as categorias tiveram a partir de 2003 são indiscutíveis. Há quase oito anos, o país cresce, distribui renda e controla a inflação. Tudo isso aliado ao desenvolvimento de uma importante política social. Os bancários também são beneficiados com a nova realidade. Na campanha salarial deste ano, por exemplo, a categoria garantiu um dos maiores reajustes salarial da história, com 7,5% de índice e aumento real de 3,08%. O bom momento, no entanto, é fruto de um passado de muita luta. E o Movimento Sindical tem um papel fundamental. As principais ações dos bancários por garantia de emprego e contra o desmonte dos bancos públicos, realizado nos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso, fizeram parte da batalha diária dos trabalhadores. As perdas salariais, o desmantelamento das empresas públicas e as conseqüentes privatizações foram combatidos por todos bancários. Os Sindicatos utilizaram todas as ferramentas disponíveis para evitar prejuízos aos empregados. No entanto, o governo FHC favorecia apenas a elite conservadora e o capital. Diversos bancos foram vendidos e os trabalhadores colocados no olho da rua.