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28 de Dezembro de 2010 às 22:59

CUT/SP rechaça declarações do deputado Cândido Vaccarezza/PT a Revista Veja

A direção executiva da CUT São Paulo reunida nos dias 09 e 10 de dezembro de 2010, repudia as declarações feitas pelo deputado federal Cândido Vaccarezza-PT/SP a respeito do movimento sindical. Primeiramente, temos a clareza que se a intenção do deputado Vaccarezza fosse representar os ideais da classe trabalhadora e dos movimentos sociais ele não estaria nas páginas amarelas da revista Veja. As ideias e posicionamentos do deputado são tão retrógrados e conservadores, assim como a Veja, que utiliza a função social que deve exercer a comunicação para exprimir os seus preconceitos e interesses de classe. A revista já nos deu diversas demonstrações de preconceito contra os movimentos sindical e social, além de desinformar a população quando o assunto diz respeito às pautas da classe trabalhadora ou dos movimentos populares. Entendemos que as propostas do deputado Vaccarezza vão na contramão das conquistas históricas dos trabalhadores e trabalhadoras, que aconteceram ao custo de muita luta e mobilização. O deputado se utiliza do discurso patronal do chamado “Custo Brasil” para discutir a retirada de direitos dos trabalhadores (as). A flexibilização das relações trabalhistas e reformas na previdência, sob a ótica apresentada pelo deputado, são ideias que a CUT/SP condena por irem contra as lutas históricas da classe trabalhadora. Eles defendem os interesses de uma classe que explora e oprime milhares de trabalhadores (as) do nosso país. Talvez tenha sido este o motivo do espaço aberto para o deputado na revista. A proposta defendida por Vaccarezza, de retirada da multa dos 40% do FGTS, somente agrava a rotatividade da mão de obra, o que, consequentemente, resultaria no rebaixamento dos salários. A CUT/SP, por sua história de luta, rechaça essa medida sem que se discuta a regulamentação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que busca coibir a dispensa imotivada. Reiteramos que a CUT/SP é a favor da modernização nas relações trabalhistas, porém com a ampliação de direitos. Para nós, modernizar é buscar a justiça social, e não as flexibilizações e mecanismos que resultem na maior exploração do trabalhador (a). Por isso, continuamos defendendo a reforma sindical, com o direito de organização por local de trabalho, liberdade e autonomia sindical, a ratificação das convenções 87 da OIT e o fim do imposto sindical. Ainda há outros projetos que, inclusive, encontram-se parados na Câmara, como a regulamentação da terceirização do trabalho, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário e a PEC contra o trabalho escravo. Por isso, a CUT/SP se posicionou contra o nome do deputado Vaccarezza para ocupar a presidência da Câmara, ainda como representante da bancada paulista. Por todas as contradições do posicionamento do deputado, com propostas que vão em desencontro ao processo de desenvolvimento do Brasil, nós, da CUT/SP, nos manifestamos a favor dos interesses e direitos da classe trabalhadora e contra proposições de direita, que não dialogam com a modernização das relações de trabalho segundo a concepção da CUT/SP. Adi do Santos Lima Presidente da CUT/SP Fonte: CUT/SP



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