12 de Setembro de 2014 às 23:59
Dados mostram: bancos podem valorizar categoria
Seja qual for o indicador, todos apontam ganhos para o setor: lucro, receita com prestação de serviço, carteira de crédito, tudo cresce graças ao trabalho do bancário que quer sua parte nesse imenso resultado

E os bancos podem pagar. Isso fica claro quando se utiliza comparativos que levam em conta o primeiro semestre de 2014 em relação ao mesmo período de 2013 para os cinco maiores do país (BB, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander): seja qual for o indicador, o crescimento do setor é visível, e sempre graças ao trabalho dos bancários.
Lucro – O lucro líquido para esses bancos cresceu 16,5%. A variação, por empregado, foi de 17,7%. Isso significa que a atuação de cada empregado nesses bancos incrementou em mais de 17% o lucro entre um ano e outro.
Tarifas – A receita com prestação de serviços e tarifas, exclusivamente originada no trabalho
do bancário, cresceu 10,02% no semestre. E a variação por empregado, foi ainda maior, 11,1%.

Crédito – A expansão das carteiras de crédito entre 2013 e 2014 foi da ordem de 13,3%. Cada bancário teve responsabilidade em 14,4% desse crescimento.
Retorno – Enquanto ganham tanto com o trabalho duro dos seus empregados, os bancos demitem: cortaram juntos 18.990 postos de trabalho (exceto a Caixa) desde janeiro de 2012. Foram 5.512 só nos últimos 12 meses. Isso faz com que a pressão e a sobrecarga aumentem, já que houve redução de 2,2% no número de empregados por agência e aumento de 5% no número de contas correntes que cada funcionário tem de cuidar.
É um quadro absurdo, no qual só os bancos querem ganhar, o Movimento Sindical levou esses dados para a mesa de negociação e cobraram dos negociadores que representam essas grandes instituições o que é justo: uma distribuição melhor e mais justa desses ganhos também entre os bancários.

Fonte: Seeb-Dourados e Região, com Seeb-SP, Osasco e Região