Fonte: Douradosagora com matéria de Renan Nucci

As demissões em massa do Banco Santander rederam manifestações por parte de funcionários e sindicatos em todo o Brasil nos últimos dias. Entre os dias 3 e 7 de dezembro, 1.280 cargos foram destituídos. Em Dourados, três pessoas perderam o emprego; uma delas era gerente de uma das duas agências instaladas na cidade.

Em contato com a reportagem, o presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região (Seeb/MS), Raul Verão, disse que as demissões não foram justificadas com clareza e por este motivo, funcionários se reuniram em frente às unidades do banco em todo país para protestar. Não houve expediente nesta terça-feira (18).

“Aqui na cidade, por exemplo, a situação está complicada, já faltavam funcionários para o atendimento ao público, porém, agora ficou ainda mais complicado. Quem continuou no cargo certamente vai ficar mais sobrecarregado. Estamos tentando um acordo para mudar este quadro. Os atendimentos serão afetados”, disse Verão.

Ele explica que o sindicato do Mato Grosso do Sul desenvolve negociação com a diretoria regional do Santander, em Campo Grande, defendendo dois aspectos: tentar reintegrar aqueles que foram desempregados e interromper as demissões, dando assim mais tranquilidade aos que permaneceram.

“O objetivo é ter um ambiente de trabalho bom, onde os funcionários possam desempenhar suas funções sem estar sob pressão. As demissões devem ser encerradas, vamos acionar a Justiça. Precisamos agora de mais contratações. Vamos aproveitar que a diretoria da Capital está aqui para resolvermos isso o quanto antes”, explicou.

Verão continua: “Entramos nesta briga porque a única justificativa que nos deram foi de que o banco passa por reestruturação, e mudanças no quadro de empregados foram necessárias. Não faz sentido; o Brasil é o mercado que mais arrecada lucros para o Santander, só neste ano foram R$4,8 bilhões líquidos. Nem a Espanha que está em crise demitiu”.