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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Denúncia: Trabalho escravo em Dourados

Uma operação do MPT (Ministério Público do Trabalho), DRT (Delegacia Regional do Trabalho) em Mato Grosso do Sul, PF (Polícia Federal) e Grupo Especial de Fiscalização Móvel da Secretaria de Inspeção Trabalhista Brasileira, resultou na prisão do fazendeiro Joel Correia Pereira, acusado de submeter nove brasileiros e 11 paraguaios a condições degradantes de trabalho. O flagrante de trabalho escravo foi feito na sexta-feira passada, nas fazendas Cedro e Fatsul, em Dourados. Os trabalhadores foram encontrados em alojamentos inadequados e com péssimas instalações sanitárias e alimentação precária. Todos os paraguaios estavam atuando de forma ilegal no país e não possuíam nenhum vinculo empregatício com as fazendas. Os órgãos chegaram até a fazenda após receberem denúncia sobre as condições de trabalho oferecidas nas propriedades. Os funcionários estavam desde setembro sem receber e não tinham como deixar o trabalho, temendo perder o dinheiro. As propriedades rurais têm como atividade principal o plantio e a extração de eucalipto. Segundo o procurador do Trabalho, Gustavo Rizzo Ricardo, o fazendeiro infligiu o artigo 149 do Código Penal, já que nos locais foi constatado trabalho exaustivo, servidão por dívida e condições degradantes de trabalho. Os policiais federais encontraram na propriedade armas de grosso calibre, o que seria mais um crime praticado pelo fazendeiro. As atividades nas duas fazendas foram suspensas e os trabalhadores acabaram levados para um abrigo. Ontem, todos eles foram encaminhados para a Subdelegacia do Trabalho, em Dourados, que comandou toda a operação, e começaram a receber suas verbas rescisórias. De acordo com o procurador, o valor devido aos trabalhadores foi de R$ 90 mil, embora o fazendeiro ainda esteja sujeito a uma série de multas pelas contratações de forma irregular. Joel Correia Pereira foi autuado por condições análogas de escravidão e porte ilegal de arma. Ele está recolhido nas celas da delegacia da PF em Dourados e pode pegar de dois a oito anos de prisão. Fonte: Douradosinforma 11/12/2007 - 10:13 h



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