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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Deputados são comprados por usineiros no MS

Uma matéria publicada no site campograndenews no dia 09 de junho entitulada, “Partido das usinas” tem 9 deputados na Assembléia , fala que a maioria dos deputados receberam dinheiro dos usineiros nas eleiçõs, vaja a matéria publicada: A maior bancada da Assembléia Legislativa é a de um “partido” que não existe oficialmente: o das usinas de açúcar e álcool. O lobby pró-expansão dos canaviais financiou, no ano passado, nove deputados – um a mais do que o maior partido da Casa, o PMDB. Os nove deputados receberam, juntos, R$ 655 mil. Nesta semana, a Assembléia Legislativa deverá votar um projeto de lei enviado pelo governador André Puccinelli (PMDB) que pretende regulamentar incentivos para as usinas em processo de instalação no Estado. Os usineiros doaram R$ 720 mil para a campanha do governador. O projeto estabelece que uma destilaria não pode se instalar a menos de 30 km de onde já exista outra, fixa a distância mínima de 5 km da zona urbana para a queima de cana e, um dos itens mais polêmicos do projeto, estabelece redução de queimadas gradualmente até 2022 – prazo considerado longo demais por entidades ambientalistas. O campeão de arrecadação de dinheiro no setor é o deputado ruralista José Teixeira (DEM). Sua campanha foi irrigada com R$ 235 mil dos grupos Tavares de Melo e Santa Cândida – o que equivale a 35% do total das doações a deputados estaduais eleitos. O segundo na preferência das usinas é, curiosamente, um dos deputados mais críticos da expansão do setor: Ary Rigo (PDT), que teve financiamento de R$ 115 mil. Rigo, que é autor da lei 328/82 que proíbe instalação de usinas na bacia do Alto Paraguai, retirou recentemente o seu projeto de lei (substituído pelo do governo) que fixava limites territoriais para os canaviais nos municípios onde serão instaladas novas destilarias. O líder do PSDB na Assembléia, Reinaldo Azambuja, recebeu doações de dois grupos sucroalcoleiros – Tavares de Melo e Santa Cândida – que totalizaram R$ 110 mil. O lobby das usinas distribuiu dinheiro de modo suprapartidário. Três deputados do PMDB foram financiados pelo setor: Júnior Mochi (R$ 80 mil, do grupo Tavares de Melo), Youssif Domingos (R$ 6,5 mil, da Usina Eldorado) e Maurício Picarelli (R$ 26 mil, Eldorado) – este último disputou a eleição pelo PTB. O grupo Angélica Agroenergia, pertencente ao megainvestidor norte-americano George Soros, doou R$ 20 mil para a campanha de Onevan de Matos (PDT). Paulo Corrêa (PR) recebeu doação de R$ 60 mil da Usina Santa Cândida e, fechando a lista, o deputado José Ivan de Almeida (sem partido) declarou em suas contas de campanha ter sido ajudado com R$ 2,6 mil pela Usina Eldorado Fonte: Campograndenews.



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