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20 de Novembro de 2016 às 08:02

Dia da Consciência Negra e a falta de oportunidades

O Dia da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares. Ele foi o último líder do maior dos quilombos do período colonial, o Quilombo dos Palmares.

Comemorado há mais de 30 anos por ativistas do movimento negro, a data foi incluída em 2003 no calendário escolar nacional. Contudo, somente a Lei 12.519 de 2011 instituiu oficialmente o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

Zumbi - Estudos indicam que nasceu em 1655 no quilombo, sendo descendente de guerreiros angolanos. Com poucos dias de vida, foi aprisionado pela expedição de Brás da Rocha Cardoso, sendo entregue depois a um padre, que o batizou com o nome de Francisco. Aos 15 anos, ele foge da casa do padre e retorna a Palmares, onde muda o nome para Zumbi. Ficaria conhecido em 1673, quando a expedição de Jácome Bezerra foi desbaratada. Um ano antes de sua morte, caiu em um desfiladeiro após ser baleado num combate contra as tropas de Domingo Jorge Velho, que seria mais tarde acusado de matá-lo. Dado como morto, Zumbi reaparece em 1695, ano oficial de sua morte.

A discriminação racial ainda é responsável por boa parte das desigualdades sociais do Brasil. O preconceito é resultado não somente da discriminação ocorrida no passado, mas de um processo ainda muito ativo de estereótipos raciais enraizados por muito tempo.

Estrutural, o racismo continua impregnado na sociedade brasileira, apesar de alguns avanços conquistados por meio de muitas lutas e ainda em processos de lapidação. Precisamos reverter esse quadro e promover um modelo de desenvolvimento no qual a diversidade seja um dos seus pilares e no qual prevaleça a cultura da inclusão e da igualdade.

É preciso compreender que o preconceito racial é intrinsecamente classista. Por isso, em um mundo ainda dominado por uma minoritária, mas poderosa elite branca (e masculina), se faz necessário o enfrentamento direto ao capital.

Também precisamos defender os mais diversos meios de intervenção como ações de valorização da população negra, política de cotas – tanto nas universidades públicas quanto nos serviços públicos, o direito de expressão das religiões de matriz africana, repressão às práticas de racismo e o fim da violência contra a mulher negra.

No setor financeiro é muito comum não termos a presença de negros ocupando cargos relevantes nas empresas. Pesquisa feita pelo Sindicato dos Bancários de Dourados revela que não há um gerente no setor financeiro cujo a origem é de família ou povos negros.

Lutamos por uma sociedade livre de racismo e igualitária.
Viva a luta do povo negro!

 



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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