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13 de Novembro de 2010 às 22:59

Discriminação persistente, um problema de 510 anos

Mesmo com as políticas públicas desenvolvidas pelo governo federal nos últimos anos, a desigualdade entre brancos e negros está longe de acabar. Diversos fatores contribuem para o problema. Um deles são as diferenças no mercado de trabalho. O negro normalmente perde em tudo. Os salários são menores e os cargos de chefia têm cor branca. A realidade é revelada em pesquisa do Instituto Ethos. Atualmente, os negros ocupam 5,3% dos cargos de direção, enquanto que os brancos estão em 93,3%. Por mais que o governo invista em políticas de inclusão social, se não houver a colaboração das empresas e dos demais setores da sociedade o abismo racial que divide o Brasil vai continuar. DISCRIMINAÇÃO PERSISTE O Dia da Consciência Negra, 20/11, dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, será celebrado com um triste dado. Ainda é grande a diferença entre brancos e negros no mercado de trabalho. De acordo com pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Ethos, houve um aumento no número de negros em cargos de chefia, mas o quadro ainda está muito longe do ideal. Dados do estudo revelam que em 2007 havia 3,5% de negros em cargos de direção. Em 2010, o número passou para 5,3%, ou seja, um crescimento discreto. Atualmente, os brancos estão em 93,3% das posições de diretoria. Em 2007, a marca era de 94%. Os números mostram ainda que a proporção de negros no quadro das 109 companhias analisadas passou de 25,1% em 2007 para 31,1% em 2010, enquanto que a de brancos de 73% para 63,7%, respectivamente. Cerca de 620 mil empregados participaram da pesquisa que, sem dúvidas, mostra o abismo racial que divide o Brasil e separa as pessoas não pela competência, mas pela cor da pele.



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