9 de Janeiro de 2012 às 22:59
Em 2011, os bancos gastaram menos na prevenção de crimes, em consequência disso as mortes aumentaram
Verba para segurança foi insuficiente e as ocorrências aumentaram
Enquanto o número de mortes envolvendo bancos cresceu em 2011, a verba destinada à segurança diminuiu em relação a 2010. A queda foi de 5,45% para 5,20% do lucro, que chegou a R$ 37,9 bilhões até setembro.
A falta de preocupação das instituições financeiras com a vida é evidente. Isso porque os assassinatos em 2010 já tinham atingido altos índices (23 mortes no ano). Portanto, o esperado era que o investimento na área subisse. Seguindo um caminho mais confortável para o bolso dos cinco maiores bancos que operam no Brasil, somente um, o Bradesco, manteve a porcentagem destinada à segurança no ano anterior.
A Caixa reservou 12,06% do lucro no ano passado para esta finalidade, em 2010, o investimento foi de 14,63%. No mesmo período, o Banco do Brasil separou 6,18% dos ganhos contra 6,33% no ano anterior. O Itaú e o Santander destinaram, respectivamente, 3,28% e 6,36% do orçamento.
Estado de São Paulo é o campeão em assassinatos
O Estado com maior número de casos de mortes relacionadas com assaltos a bancos é São Paulo, onde o crescimento entre 2010 e 2011 preocupa. De cinco mortes passou para 16. Acréscimo de 220%. Um absurdo.
O segundo lugar ficou para o Rio de Janeiro, com evolução de três para nove assassinatos, o que corresponde a um aumento de 200%. Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul empataram com quatro mortes cada um.
A solução, em todos os estados, depende dos bancos e das autoridades de segurança pública, que devem agir juntas. As organizações financeiras têm de ampliar os investimentos em equipamentos de prevenção. Cabe aos órgãos competentes, garantir mais policiais e viaturas nas ruas, além de ações integradas de inteligência policial.