Febraban tem novo presidente, Murilo Portugal deixou FMI para assumir a Federação dos Bancos
Depois de uma carreira dedicada exclusivamente ao governo e a organismos multilaterais, o economista e advogado Murilo Portugal assume hoje, aos 62 anos, o seu primeiro cargo na iniciativa privada: presidente da poderosa Federação Brasileira de Bancos, a Febraban. Sua nova função inclui falar sobre alguns assuntos espinhosos, como os altos lucros dos bancos e os salgados juros básicos vigentes no Brasil, que muitos acham que beneficiam o setor financeiro. A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) agora é presidida por Murilo Portugal. Depois de uma carreira dedicada exclusivamente ao governo e a organismos multilaterais, o economista e advogado assumiu na quinta-feira, 17/3, aos 62 anos, o seu primeiro cargo na iniciativa privada: presidente da poderosa Federação Brasileira de Bancos, a Febraban. O novo gestor, que assume o lugar de Fabio Barbosa, chegou reafirmando que a principal meta dos bancos neste ano é promover a bancarização, ou seja, inclusão financeira em todos os níveis. Com a iniciativa, as empresas vão ampliar ainda mais o uso dos correspondentes bancários, como farmácias, supermercados e lojas de varejo. O problema é que os estabelecimentos não oferecem nenhuma segurança ao cliente, sem contar que ajuda a reduzir o quadro de funcionários nas agências. O novo presidente da Febraban começou a carreira econômica em 1973, pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Foi assessor na Casa Civil, de 1981 a 1985, e chefe da Assessoria Econômica da Secretaria Geral da Presidência da República entre 1990 e 1992. Entre 1992 e 1996 foi secretário do Tesouro Nacional, e de maio de 2005 a março de 2006 exerceu o cargo de secretário executivo do Ministério da Fazenda. Também foi diretor executivo do Banco Mundial entre 1996 e 2000 e do FMI (Fundo Monetário Internacional), de 1998 a 2005, representando Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guiana, Haiti, Panamá, Suriname e Trinidad e Tobago no conselho de administração do órgão. Em dezembro de 2006, foi indicado para o cargo de vice diretor-geral.