14 de Outubro de 2011 às 23:59
Fenaban até o momento está apenas enrolando e negociação ainda não começou
Até as 16:30h, negociação marcada para às 10h, ainda não havia começado
Os bancos dão mais uma prova de que não respeitam ninguém. Sexta-feira (14/10) era para ser um dia de negociações para bancários e Fenaban chegarem a um acordo. No entanto, a Federação Nacional dos Bancos preferiu enrolar. Marcou reunião para 10h, só que antes se trancou em uma sala reservada e não saiu mais.
Às 12h, depois de duas horas de atraso, os banqueiros apenas informaram ao Comando Nacional, de molho esperando, que a negociação começaria às 14h, depois do almoço.
No entanto, parece que a Fenaban esqueceu de voltar ou então teve uma grande indigestão. Até às 16h30, a negociação não havia começado, atrasando também os debates com os bancos públicos.
O comportamento deixa claro que as empresas não estão interessadas em negociar com seriedade. Querem apenas desgastar o movimento legítimo da categoria, que desde a semana passada cobra a retomada das conversações.
O objetivo é dizer que os trabalhadores não querem acordo. O pior é que ainda contam com a ajuda da grande mídia, que, claro, surfa nessa onda, afinal, os bancos são grandes patrocinadores dos programas televisivos e anunciadores em potencial.
Bancos podem pagar reajuste salarial
A extraordinária média de crescimento no setor bancário, de 20% ao ano, prova que é possível pagar os 12,8% de reajuste salarial (inflação mais 5% de aumento real) pleiteados pelos bancários. Além de acabar com o assédio moral e as metas estressantes.
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), no dia 13 de outubro, ofereceu 8,4% de reajuste, o que significa apenas 0,94% de aumento real. Na verdade, o setor mais lucrativo da economia não reconhece o esforço dos trabalhadores. A ordem é explorar e tirar tudo que puder do empregado e também da população.
Por tudo isso, a greve dos bancários continua, tem recebido o importante apoio da população e o grande poder de mobilização da categoria vai garantir uma campanha vitoriosa em que ganharão não apenas os bancários, mas toda a sociedade.
Fonte: Seeb-Dourados, por Joacir Rodrigues