23 de Setembro de 2011 às 23:59
Fenaban faz proposta ridícula e empurra a categoria para a greve
Sem avanços na negociação com os banqueiros, nesta sexta-feira (23/09), os bancários de todo o país vão parar por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (27/09). A proposta passou de 7,8% para 8%, com apenas 0,56% de aumento real, enquanto a categoria reivindica 12,8% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real). Para piorar, os bancos continuam negando todas as outras reivindicações.
A paralisação dos bancários no ano passado foi a maior dos últimos 20 anos. Para superar esses números, os empregados do setor precisam estar unidos para fortalecer o movimento e garantir melhorias para a categoria.
Dourados e Região, como outras bases do país, aprovou a paralisação a partir da terça-feira, 27/9, em assembleia na quinta-feira, 22/9 (clique aqui e veja como foi a assembleia) mas nesta segunda-feira (26/09) tem nova assembléia, na sede do Sindicato em Dourados e em todo o país, para avaliar a nova proposta apresentada pela Fenaban na rodada desta sexta-feira e referendar a greve.
Para Raul Verão, “essa nova proposta da Fenaban é ridícula, pois chamar o Comando Nacional para elevar em dois décimos a proposta anterior é provocar a categoria”.
Agora é preparar a categoria para a greve que se inicia na terça-feira, dia 27. Os bancários que se reuniram em assembleia na noite de quinta, dia 22, rejeitaram a proposta da Fenaban e aprovaram a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir da zero hora de terça.
”A postura dos banqueiros, mais uma vez, é uma falta de respeito com os bancários e com toda a sociedade, depois de lucrarem 27,4 bilhões só no primeiro semestre às custas da exploração de seus funcionários e clientes, se lixam para os transtornos de uma paralisação e empurram a categoria para a greve” finaliza Raul.
A decisão do movimento paredista segue a orientação do Comando Nacional dos Bancários, que considerou insuficiente a proposta dos bancos de reajuste de apenas 7,8% sobre os salários, a Participação dos Lucros e Resultados (PLR) e as demais verbas (vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio creche/baba, dentre outras). O índice representa somente 0,37% de aumento real. Com a proposta desta sexta, o índice subiu para irrisórios 0,57%.
Algumas reivindicações
.: Inflação mais 5% de aumento real;
.: PLR de três salários mais R$ 4.500;
.: Piso do Dieese (R$ 2.297,51);
.: Vales Alimentação e Refeição de R$ 545 cada;
.: PCCS para todos os bancários;
.: Auxílio-educação, incluindo graduação e pós;
.: Emprego - Ampliação das contratações, inclusão bancária, combate às terceirizações e à rotatividade por meio da qual os bancos aumentam seus ganhos com a redução dos salários, além da aprovação da convenção 158 da OIT;
.: Cumprimento da jornada de 6 horas;
.: Fim das metas abusivas;
.: Fim do assédio moral e da violência organizacional;
.: Mais segurança nas agências e departamento;
.: Previdência complementar para todos os trabalhadores;
.: Igualdade de oportunidades.
Fonte: Seeb-Dourados, por Joacir Rodrigues