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28 de Agosto de 2012 às 23:59

Fenaban oferece pífio reajuste de 6%. Negociação continua nesta quarta-feira a partir das 10h

A Fenaban havia prometido dar um presente aos trabalhadores, nesta terça-feira (28/08), Dia do Bancário. No entanto, os empregados receberam um presente de grego. A contraproposta apresentada foi muito aquém do esperado. A Fenaban ofereceu reajuste salarial de 6%, com aumento real de 0,66%, enquanto a categoria reivindica 10,25% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 5%). Ou seja, não passou nem perto do que consta na pauta. O mesmo reajuste será aplicado a todas as verbas (salário, PLR, piso e auxílios).
Em relação à PLR, a regra vai seguir os mesmos moldes do acordo coletivo do ano passado. Ou seja, 90% do salário reajustado em setembro deste ano mais parcela fixa de R$ 1.484,00, limitado ao valor de R$ 8.296,93 mais 2% do lucro líquido distribuído linearmente a todos, no limite de R$ 2.968,00 para cada. No entanto, o benefício não pode ser inferior a 5% nem superior a 15% do lucro líquido do banco. A antecipação da PLR também segue o modelo de 2011.
Clique aqui e veja também: Comando considera 6% insuficiente. Negociação continua nesta quarta
Fica claro que a proposta tem de ser melhorada, principalmente, em virtude dos lucros expressivos obtidos pelos bancos. O Comando Nacional insistiu e contestou o posicionamento da Fenaban, mais uma vez, intransigente. A proposta é insuficiente, tendo em vista que interrompe o processo de valorização do piso ao não apresentar um índice diferenciado, o aumento real de 0,66% é muito pequeno, além da falta de novidades na PLR, que será naturalmente prejudicada, tendo em vista as manobras dos bancos para aumentar a PDD (Previsão dos Devedores Duvidosos).
Pontos de suma importância como segurança, saúde, redução das filas, juros e tarifas foram deixados de lado. No entanto, a conversa desta terça-feira rendeu um avanço em relação à segurança. A Fenaban sinalizou aceitação em relação à proposta dos bancários de implantação do plano piloto e ficou de analisar mecanismos a serem utilizados. Desde já, ficou definido que o programa experimental será na Grande Recife.
 Outro ponto da minuta que a Federação dos Bancos sinalizou na proposta apresentada foi em relação ao artigo que trata sobre a manutenção dos salários e da complementação do auxílio doença previdenciário e acidentário.
Nesta quarta-feira (29/08) o Comando Nacional volta a sentar à mesa com a Fenaban, às 10h.
CONFIRA OS PISOS
Salário de ingresso:
Portaria: R$ 944,46
Escritório: R$ 1.353,62
Caixa e tesoureiro: R$ 1.713,72
Após 90 dias:
Portaria: R$ 1.034,56
Escritório: R$ 1.487,00
Caixa e tesoureiro: R$ 2.014,38 
Confira as principais demandas dos bancários
 • Reajuste salarial de 10,25% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 5%);
• PLR maior – 3 salários mais 1 parcela fixa de R$ 4.961,25;
• Piso maior – R$ 2.416,38 (salário mínimo definido pelo Dieese);
• Vales alimentação, refeição e auxílio-creche – valor do salário mínimo (R$ 622,00);
• 13º vale-refeição e 14º salário;
• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos;
• Auxílio-educação para graduação e pós-graduação;
• Ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, além a aprovação da convenção 158 da OIT;
• Respeito à jornada de seis horas;
• Fim das metas e do assédio moral que levam a categoria ao adoecimento em níveis epidêmicos;
• Segurança nas agêncas;
• Previdência complementar para todos;
• Regulamentação da remuneração total fixa e variável) para interferir na lógica de gestão dos bancos, que cobram metas individuais • Igualdade de oportunidades;
• Efetivação de todos os caixas;
• Adiantamento de um salário no retorno das férias, com desconto feito em até 10 vezes sem juros, conforme já praticado por alguns bancos;
• Direito de optar pelo valor em dinheiro, para uso com combustível ou fretado, no lugar de vale- -transporte;
• Redução dos juros e das tarifas.
Fonte: Seeb-Dourados e Região, por Joacir Rodrigues



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