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21 de Outubro de 2011 às 22:59

Funcionários da Infraero suspendem greve em São Paulo e Brasília

Após marcar reunião com governo, trabalhadores voltaram ao trabalho
Os funcionários da Infraero, em greve desde à 0h de ontem (20), suspenderam a paralisação de 48 horas que terminaria hoje (21). Trabalhadores dos aeroportos de Brasília e São Paulo cruzaram os braços para protestar contra as privatizações dos terminais aéreos.
 Segundo Jorge Luis, representante do Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários), a suspensão da paralisação se deu após o governo federal marcar uma reunião para a próxima quarta-feira (26), o que os trabalhadores entenderam como uma possível negociação.
 - Conseguimos [suspender a greve] porque o governo mandou um documento dizendo que está disposto a fazer um atendimento e achamos razoável a proposta.
 Os funcionários do Aeroporto Internacional de Brasília foram os primeiros a voltar ao trabalho, às 10h desta sexta-feira (21). Logo depois, o presidente do Sina, Franciso Lemos, suspendeu, em assembleia, a paralisação no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
 De lá, Lemos embarcou para Campinas para suspender nas próximas horas, o movimento em Viracopos, onde o movimento de passageiros é normal, mas o terminal de cargas permanece prejudicado desde a última quinta-feira pelo protesto.
 Caso as reivindicações da categoria não sejam aceitas, os trabalhadores podem voltar à greve na próxima semana, diz o Sina.
 Reivindicações
Os aeroportuários decidiram cruzar os braços para dizer não às privatizações do Aeroporto Internacional de Guarulhos, Viracopos e de Brasília anunciadas pelo governo. Entre as reivindicações, também estão a aceitação das garantias de trabalho como a inclusão com representação sindical, além da participação dos funcionários nas negociações para privatização dos terminais aéreos.
 De acordo com a categoria, a administração dos aeroportos nas mãos da iniciativa privada “pode sucatear o setor”. José Carlos Domingos, do Sina, diz que “passar [os aeroportos] para a iniciativa privada não é garantia de investimento”.
 - A preocupação não é só com os empregos e garantias do setor, mas também com a precarização do sistema. O que a gente tem visto em todas as privatizações que ocorreram é que não houve investimentos. E, se não houver investimento no setor aéreo, se um equipamento ficar fora do ar em dia de nevoeiro, a aeronave pode receber uma comunicação como se estivesse pousando em um dia normal.
 Para ele, essa questão é importante porque “95% dos acidentes aéreos ocorrem entre o pouso e a decolagem. Em pleno voo, somente 5%”. E os investimentos devem ser mantidos para que a segurança seja a prioridade.
 Ele diz temer ainda o encarecimento do preço das passagens.
 - Pode ter certeza que vai haver aumento das taxas de embarque, o custo das viagens vai aumentar. O que o setor privado quer é ver o rico voando, não o pobre, porque o rico consome nos aeroportos, o pobre vem simplesmente para embarcar e desembarcar. E as empresas privadas querem receita e não é a classe C e D que traz.
 Domingos citou o caso da Argentina para reclamar da privatização dos aeroportos.
 - O governo terceirizou o aeroporto de Buenos Aires e depois teve que pegar de volta por falta de investimentos e assim muitas companhias aéreas pararam de voar.
 Segundo a Infraero, o movimento nos terminais nesta sexta-feira, com exceção do terminal de cargas do aeroporto de Viracopos, é normal.
Fonte: R7



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