14 de Setembro de 2011 às 23:59
GREVE: Carteiros ocupam frente dos Correios e empresa não se manifesta sobre nova proposta

Conforme a lei, em qualquer paralização, 30% do pessoal efetivo tem que estar trabalhando. De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos de Mato Grosso do Sul, Alexandre Takachi, essa lei está sendo cumprida. “Dos 800 funcionários da empresa em Campo Grande, apenas 70% está em greve e nenhuma agência paralisou”, garante.
Em relação à distribuição de cartas, o secretário explica que mesmo antes da greve correspondências e faturas estavam sendo entregues atrasadas por conta da sobrecarga de funcionários, e a empresa priorizava o serviço de entrega de urgência, o sedex.
Nesta terça-feira (13), a empresa propôs uma negociação com os funcionários, na qual pagaria aumento de 6,87%, segundo a inflação medida pelo IPCA, e aumento linear real em janeiro de R$ 50, mais um abono único de R$ 800.
A sugestão dos Correios foi rejeitada por todos os estados brasileiros, e na manhã desta quarta-feira (14) os funcionários protocolaram oficialmente a rejeição da proposta e pedem aumento de 7,16%, segundo a inflação do DIEESE, mais aumento real linear de R$ 400.
Até a manhã desta quarta-feira (14), os Correios ainda não havia se pronunciado sobre nova contraproposta, e a greve, segundo o secretário, não tem data pra terminar. Os funcionários garantem que ficarão concentrados em frente à sede todos os dias.
Na tarde desta quarta-feira (14), os carteiros organizam uma passeata pela Barão do Rio Branco e a 14 de Julho, às 15h. A PM2 esteve no local para conversar com o secretário, com o objetivo auxiliar na organização do protesto e prezar a segurança do trânsito e dos manifestantes.
De acordo com Takachi, os carteiros ainda estão se deslocando das centrais de distribuição para a sede da empresa e na parte da tarde a expectativa é de que o número de funcionários seja maior.
Fonte: Midiamax Campo Grande, por Mariana Lopes e Evelin Araujo