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15 de Outubro de 2011 às 23:59

Greve continua e proposta de 9% será avaliada na segunda às 17:30h no Sindicato

Nesta segunda-feira será mais um dia de paralisação, decisão pelo fim ou continuidade da greve só no final da tarde
Os bancários chegam na segunda-feira (17/10) a 21 dias de uma greve histórica, a maior dos últimos 20 anos, com mais de nove mil agências paradas. Na base de Dourados atingimos a marca histórica de 100% de paralisação nos 13 municípios. Na última sexta-feira (14/10), a greve nacional chegou ao seu maior nível de paralisação.
 No mesmo dia, depois de horas trancada em uma sala, atrasando, e muito, o início das negociações, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresentou uma nova proposta ao Comando Nacional dos Bancários, que prevê 9% de reajuste salarial (1,5% de aumento real). O índice vale para o cálculo de todas as verbas salariais, inclusive o tíquete-refeição e o vale-alimentação. Os valores são retroativos a 1º de setembro, data-base da categoria.
 Os bancos também melhoraram outros itens, como o piso salarial, que passaria para R$ 1.400,00 (aumento real de 4,3%) e maior PLR com o aumento da parcela fixa básica para R$ 1.400,00 (reajuste de 27,2%) e do teto da parcela adicional R$ 2.800,00 (reajuste de 16,7%).
 Com relação à cláusula de segurança, os banqueiros sugeriram a realização de procedimentos que coíbem o transporte de numerário por bancários. Já com relação ao assédio moral, a Fenaban propôs o fim da divulgação de rankings individuais dos funcionários. Os dias parados também não serão descontados, mas têm de ser compensados até o dia 15 de dezembro.      
 Agora, bancários da rede pública e privada de todo o país, se reúnem em assembléia na segunda-feira (17/10) para apreciar a proposta. Em Dourados, o encontro é às 17:30h, na sede do Sindicato, à Rua Olinda Pires de Almeida, 2450. É fundamental a participação da categoria nas discussões, que definem o futuro do movimento.
Propostas: Diretoria do Sindicato de Dourados também recomenda a aprovação
Ao analisar as propostas apresentadas, a diretoria concordou com a recomendação do Comando Nacional dos Bancários, pela aprovação das mesmas, com entendimento de que elas trazem avanços importantes e, que mais uma vez, a categoria enfrentou de cabeça erguida à pressão dos banqueiros e não se curvou frente ao poderio do sistema financeiro.
Segundo Raul Verão, presidente do Sindicato, “Fizemos a maior greve dos últimos 20 anos, paralisando 9.254 agências em todo o país, com adesão de 100% da nossa base pela primeira vez em 32 anos de história e não temos dúvidas de que foi com a força da greve que arrancamos aumento real pelo oitavo ano seguido”.
Ainda segundo Raul, “A decisão de aceitar ou rejeitar a proposta ainda não está dada, pois o fórum para apreciação e deliberação da mesma é a assembleia, sendo fundamental a participação, novamente, maciça dos bancários para em conjunto e democraticamente tomarmos essa decisão”.
Assembleia será na segunda-feira às 17:30 horas
Em relação ao horário da assembleia a diretoria definiu que à mesma acontecerá às 17:30h, da segunda-feira, 17/10.
Segundo Carlos Longo, vice-presidente do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil, “A definição por este horário levou em conta à dificuldade de comunicar toda a categoria, caso o horário fosse na segunda de manhã por exemplo”.
“Enfrentamos o descaso dos banqueiros desde o início das negociações, inclusive, na negociação desta sexta-feira, marcada para iniciar às 10h da manhã, por enrolação da Fenaban só começou no final da tarde, empurrando a negociação com Banco do Brasil e Caixa para a madrugada do sábado. Com isso ficou inviabilizado a realização de assembleias ainda na sexta. Mais uma vez, a postura de intransigência e descaso dos banqueiros com toda a sociedade, como foi sua postura desde o início das negociações, é o motivo da greve continuar”. Finalisou Longo.
Proposta da Fenaban
 Reajuste – 9% (1,5% de aumento real)
 PLR – 90% do salário mais valor fixo de 1.400,00. Adicional de 2% do lucro líquido linear (teto de R$ 2.800,00)
 Piso – R$ 1.400,00 (aumento de 12%)
 Tíquete-refeição – R$ 19,78 (por dia)
 Auxílio-alimentação – R$ 339,08 (por mês)
 Auxílio-creche/babá – R$ 284,85 (filhos até 71 meses) R$ 243,67 (filhos até83 meses)
 Requalificação profissional – R$ 974,06
 Dias Parados – Não serão descontados. Compensação até 15 de dezembro
Fonte: Seeb-Dourados, por Joacir Rodrigues



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