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30 de Setembro de 2011 às 23:59

Greve cresce e chega a 7.865 agências. Na base de Dourados ela se mantém com 96% de paralisação

A greve se manteve forte nesta sexta-feira (30/09). São 44, das 46 agências da base territorial do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região que se mantém firmes no movimento. O que representa 95,65% das agências paralisadas. Este número poderia ter chegado a 100% nesta sexta-feira, pois os bancários do Banco do Brasil de Vicentina e de Jateí também cruzaram os braços e se juntaram ao movimento.
Porém, mais uma vez, o Bradesco forçou a barra e a Justiça do Trabalho da Comarca de Fátima do Sul o beneficiou com uma liminar de interdito proibitório, válida para as cidades de Glória de Dourados, Deodápolis e a própria Fátima do Sul.
Com isso as agências do Bradesco, de Fátima do Sul e de Glória de Dourados funcionaram parcialmente, já que os companheiros da Caixa e do Banco do Brasil fizeram, o trabalho de convencimento com os clientes.
Quanto aos funcionários, como é prática do Bradesco fez todo tipo de pressão, como se o interdito obrigasse os funcionários a trabalhar, mais uma mentira do Bradesco já que interdito nada tem a ver com os funcionários, mas infelizmente a pratica antisindical e o assédio moral do Bradesco não foi levada em consideração pela Justiça de Fátima do Sul.
Clique aqui e veja Interdito proibitório: o que é e o que fazer? 
Quanto à agência de Deodápolis, mesmo com interdito permaneceu sem atendimento ao público, pois os bancários daquela cidade fizeram o trabalho de convencimento e não arredaram pé da porta da agência. O Sindicato já está recorrendo da liminar para, mais uma vez, estabelecer a verdade e garantir o sagrado direito constitucional de greve.
No final da tarde, mais uma vez, como aconteceu durante os quatro dias de paralisação os bancários se reuniram em assembleia na frente da agencia centro do Bradesco para avaliar o movimento.
Na avaliação do presidente do Sindicato, Raul Verão “os primeiros quatro dias de greve transcorreram com tranqüilidade e sem nenhum incidente, à exceção da palhaçada armada pelo Bradesco, de resto só temos a comemorar, pois a categoria se mostrou unida e a greve que começou com 29 agências fechadas no primeiro dia, atingiu a marca histórica de 44 nesta sexta-feira”.
Ainda segundo Raul, “a tendência é que o movimento tanto na nossa base como no resto do país ganhe ainda mais força na próxima semana, para isso é fundamental que os companheiros continuem unidos e ajudando o sindicato a encaminhar o movimento, como aconteceu durante esses quatro dias”.
Em relação ao Bradesco, “se derrubamos a farça do gerente de Dourados, também derrubaremos a armação da liminar de Fátima do Sul e traremos os companheiros novamente para o movimento paredista” Finalizou o presidente.
Os bancários reivindicam reajuste de 12,8%, PLR de três salários mais R$ 4.500,00, piso de R$ 2.297,51, ampliação do quadro de funcionários para melhor atender ao cliente, segurança, melhores condições de trabalho, entre outros. A Fenaban, no entanto, oferece apenas 0,56% de aumento real. Os demais itens foram todos negados.
Para Carlos Longo, vice-presidente do sindicato e funcionário do Banco do Brasil, “a consciência da categoria, somada a falta de respeito e do descaso dos banqueiros, é que está fazendo a greve ser mais forte do que nos anos anteriores. Estou orgulhoso do trabalho que bancários vêm desempenhando, tanto em Dourados quanto nas outras 12 cidades da nossa base, valendo lembrar que têm cidade que este mobilizada mesmo sem a presença de nenhum diretor do sindicato, o que demonstra que a força de nosso sindicato está nas mãos de cada bancário e cada bancária, que cada vez mais toma consciência de que o sindicato somos todos os bancários e não apenas a diretoria do sindicato”.
Fonte: Seeb-Dourados, por Joacir Rodrigues



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