28 de Fevereiro de 2013 às 23:59
Hoje é o Dia Internacional de Combate às Ler/Dort
Hoje, 28 de fevereiro, é o Dia Internacional de Combate às Ler/Dort. Mas, a luta tem de ser diária. As doenças ocupacionais, infelizmente, fazem parte da rotina do trabalhador. Tudo isso pela falta de condições adequadas de trabalho e ganância dos patrões.A categoria bancária não fica de fora. Muito pelo contrário, é uma das mais atingidas.
O assédio moral e as metas cobradas nas agências fazem da categoria bancária uma das mais atingidas por doenças ocupacionais. Por isso, hoje, o Dia Internacional de Combate às Ler/Dort, deve ser de reflexão.
A rotina alucinante dos funcionários, que têm de garantir a produção a qualquer custo, a ausência de pausas, os esforços repetitivos e a forte pressão tiram, todos os anos, centenas de trabalhadores das agências.
Dados mais recentes do INSS mostram que, entre 2005 e 2008, 1.489 bancários receberam auxílio doenças por apresentarem incapacidade causada por doenças do sistema musculoesquelético. O número, no entanto, é bem maior, já que não são computados os casos de lesionados que continuam no trabalho.
Para a médica Maria Maeno, pesquisadora da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho de São Paulo), entre os principais agravantes estão: “diminuição do contingente de trabalhadores, intensificação do ritmo e aumento do volume de trabalho, além da exigência de cumprimento de metas definidas unilateralmente”.
Ela ressalta que campanhas contra acidentes ou doenças dentro dos bancos só têm sentido se houver verdadeiramente vontade de se prevenir esses eventos. “O sentido das campanhas não pode ser o de alertar os trabalhadores para os perigos, riscos e situações se não houver concomitantemente mudanças das condições que propiciam os acidentes e adoecimentos. O empenho tem de ser de mudanças na organização do trabalho”, diz a médica.
Fonte: Seeb-Dourados e Região, por Joacir Rodrigues
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