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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Hora de pressionar mais para arrancar proposta

Em sinal de luto pela morte da bancária Bárbara Cristina Fidélis, da agência Faria Lima do Sudameris, em São Paulo, baleada durante um assalto no último dia 23 de agosto, os integrantes do Comando Nacional dos Bancários foram vestidos de preto para a rodada de negociações ontem com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), de modo a protestar contra a falta de segurança em agências e unidades bancárias Brasil afora. Essa inesperada atitude surpreendeu os banqueiros, que passaram a aceitar a discussão do item segurança em mesa específica de negociações. Na ocasião, o Comando Nacional também entregou à Fenaban pesquisa nacional com milhares de bancários, na qual fica demonstrada que mais de 40% da categoria são vítimas de humilhações e constrangimentos no local de trabalho, sendo que boa parte desse contingente já esteve exposta a situações de assédio moral. Convencida pelos dados apresentados, a Fenaban teve que voltar atrás e passou a aceitar a criação de uma mesa temática para tratar de assédio moral. Mas a rodada de ontem não registrou qualquer avanço em relação a outros itens da minuta de reivindicações, a exemplo do aumento real de salário e da PLR. Os banqueiros continuam negando a concessão de 7,05% de aumento real, além da inflação apurada no período de 1º de setembro de 2005 a 31 de agosto de 2006, e PLR de 5% do lucro líquido a ser distribuído de forma linear para todos os bancários, acrescido de um salário e R$ 1.500,00 na parte fixa. Para arrancar propostas como essas e outras constantes na pauta da campanha nacional unificada deste ano, o presidente da Contraf/CUT, Vagner Freitas, conclama os bancários a aumentarem a pressão em todo o país. Ele afirma: "Foi só depois de muita pressão que os banqueiros admitiram começar a discutir melhorias na segurança e no combate ao assédio moral. Precisamos, agora, aumentar mais ainda a pressão para arrancar uma proposta decente, porque banqueiro não dá nada de graça". Para isso mais atividades estão programadas para a próxima semana, como a que ocorre na segunda-feira, dia 4 de setembro. Nesta data, o Comando Nacional está indicando que os sindicatos promovam protestos por todo o país, para marcar mais um Dia Nacional de Luta. As manifestações antecedem a provável data da próxima negociação com a Fenaban, agendada para o dia 5 de setembro, ocasião em que os representantes dos banqueiros ficaram de apresentar proposta econômica. "Temos de fazer uma grande manifestação em 4 de setembro, Dia Nacional de Luta, para convencê-los a apresentar uma proposta decente", conclui Vagner Freitas. Fonte: Contrafcut/Fenae Net



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