11 de Janeiro de 2012 às 22:59
HSBC implanta farsa do PPR/PSV
O banco HSBC continua praticando uma política errada de descontar da PLR, os valores devidos aos trabalhadores por conta dos programas próprios de remuneração vinculados a metas, como o Programa Semestral Variável (PSV) e o Programa Participação de Resultado (PPR). A atitude é um desrespeito aos funcionários que são os principais responsáveis pelos lucros do banco. A ação tem um agravante, pois as outras organizações não costumam realizar o desconto.
De acordo com denúncias, a farsa do PPR/PSV funciona em todo o país. O banco cobra dos empregados metas e incentiva o cumprimento através da remuneração via PPR e PSV. Por lei, a instituição financeira é obrigada a pagar a PLR. No entanto, como forma de ludibriar, desconta do valor obrigatório à remuneração dos programas específicos. Por exemplo, se é devido ao funcionário R$ 5.500 de PPR/PSV, e R$ 5.500 de PLR, o bancário recebe apenas R$ 5.500. Se o valor for adiantado durante o ano, como vem acontecendo, o bancário não recebe nada, e o que é pior, em alguns casos, já fica devendo para o banco na segunda parcela.
Tapeação
Enquanto a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) assegura, na regra básica da PLR, o pagamento de 90% do salário mais R$ 1.400 de parcela fixa, podendo chegar até 2.2 salários, além da parcela adicional de 2% linear até R$ 2.800, a cláusula 4.2.2.1 do referido programa do HSBC contempla apenas 90% da remuneração mais parcela fixa de R$ 1.130.
O programa é uma enganação aos bancários, uma vez que a CCT já assegura valores maiores. O HSBC, além de trair os funcionários age de forma arbitrária e impõe metas altíssimas sem discutir antes com os representantes legítimos dos trabalhadores. O movimento sindical reivindica que o bancário do HSBC receba o somatório de todos os programas.