As mulheres devem menos. É o que aponta levantamento feito pelo Banco do Brasil, líder no mercado de crédito brasileiro. De cada mil clientes do BB, 26 mulheres devem por mais de 90 dias, enquanto que os homens somam 29. Elas são mais compromissadas em quitar as dívidas. Nos casos do financiamento rural, prioritariamente contratado por homens, a vantagem feminina é ainda maior: 26 contra 39. Na faixa de renda mensal de até R$ 500,00, os atrasos são iguais para ambos. Tem mais, quanto maior o salário, maior a cautela. Entre as pessoas com ganhos mensais entre R$ 4 mil e R$ 5 mil, a inadimplência masculina registrada é quase 40% maior, 2,5% contra 1,8%. Já por faixa etária, até os 30 anos, os calotes femininos correspondem a 6,3% das operações e os masculinos a 5,4%. Entre os 31 e 40 anos, a diferença cai 3,6% contra 3,3%. Até 50 anos, o índice fica em 2,4% para elas e 2,7% para eles. A pesquisa teve como base os dados divulgados pelo BB em março e levou em consideração clientes que têm crédito tomado. Ao todo, os homens são 51% da base de clientes do BB, com uma carteira de R$ 46,5 bilhões. As mulheres têm R$ 39,9 bilhões em financiamentos. No total, o BB tem uma carteira de crédito de R$ 400 bilhões, com inadimplência de 3,4% no ramo de pessoas físicas. Segundo o Banco Central, na média do mercado, a taxa de calote é de 6%.